Desde que revelou sua bissexualidade, Anitta tem concedido diversas entrevistas que abordam o assunto. Na mais recente, em contato com o site espanhol Shangay, a cantora disse que um dos motivos que a fez tornar esse tema público foi a conjuntura do Brasil. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) sempre foi conhecido por declarações homofóbicas, como dizer que preferia um filho morto a um filho gay, por exemplo.
"Meus amigos gays no Brasil têm medo do que pode acontecer, mas sabemos que somos muito fortes. As pessoas que votaram no presidente pensaram nas mudanças que isso poderia causar na economia, na educação e na luta contra a violência, e eu tenho que respeitar isso. O problema surge quando vemos que temos um presidente com preconceitos", declarou a cantora que foi pressionada pelos fãs a se posicionar contra Bolsonaro no período eleitoral (lembre aqui).
Consciente sobre sua orientação há mais de 10 anos, ela acredita que escolheu o jeito certo de compartilhar isso com seu público - a primeira vez que ela falou sobre o assunto foi justamente durante a eleição, mas não ficou claro para todo mundo que ela admitia sua bissexualidade. Anitta explica que não queria divulgar para a imprensa, pois "a mídia está sempre procurando cliques e polêmicas". Assim, pouco tempo depois, em sua série "Vai Anitta", ela falou abertamente sobre sua orientação sexual.
Mas embora o público só tenha descoberto há alguns meses, sua família soube disso quando ela ainda era apenas Larissa, uma adolescente de 13 ou 14 anos. De acordo com a funkeira, sua mãe não recebeu a novidade tão bem de início, porém logo entendeu que precisava respeitar a filha. Já o irmão, Renan Machado, tinha um pouco de ciúme. "Meu irmão não se dava tão bem na adolescência porque, às vezes, roubava suas pretendentes", relembrou aos risos.
A entrevista foi concedida no âmbito da divulgação de “Kisses”, seu primeiro álbum visual e trilíngue. O lançamento oficial foi na última sexta-feira (5). BN
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