O estado de São Paulo registrou recorde histórico nas taxas de mortalidade materna. Os dados são de 2017 e foram obtidos pela Folha em levantamento inédito ao Ministério da Saúde. De acordo com os dados, foram 60,6 mortes por 100 mil em 2017. É o maior índice já verificado no estado desde o início da série histórica do ministério, em 1996. Os números de 2018 não estão consolidados.
Em relação ao Rio de Janeiro, o patamar ainda é maior: 84,7 mortes por 100 mil. O segundo estado mais populoso da federação tem taxa de morte materna maior do que estados do Nordeste, como informou a médica Fátima Marinho, professora do Instituto de Estudos Avançados da USP e que até 2018 coordenou o SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade).
Entre os estados com o pior desempenho, o Pará lidera com 107,4 mortes por 100 mil. Na outra ponta, com menor taxa de mortalidade materna, o Paraná registrou 31,7 mortes por 100 mil. O conceito de morte materna é explicado como qualquer óbito durante a gestação, parto ou até 42 dias após o parto, decorrente de causa relacionada ou agravada pela gravidez.
Em torno de 92% dos casos são evitáveis e ocorrem principalmente por hipertensão, hemorragia, infecções e abortos provocados. BN
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