As vendas de minério de ferro e pelotas da Vale caíram 18,2% no segundo trimestre com relação ao mesmo período de 2018, enquanto a produção de minério de ferro recuou 33,8% na comparação anual, em meio a paradas de minas após o desastre em Brumadinho (MG), informou a mineradora nesta segunda-feira (22).
O volume de vendas de minério e pelotas somou 70,8 milhões de toneladas entre abril e junho. Na comparação com o primeiro trimestre, porém, as vendas cresceram 4,5%, devido ao consumo de estoques no exterior, disse a empresa segundo o G1.
Além do impacto do rompimento da barragem, no final de janeiro, um desastre que deixou centenas de mortos, o recuo teve a contribuição de fortes chuvas no Sistema Norte, em abril e início de maio.
Já a produção de minério de ferro atingiu 64,057 milhões de toneladas, recuo de 33,8% em relação ao mesmo período do ano passado e queda de 12,1% ante o primeiro trimestre.
A empresa é a maior produtora global de minério de ferro. A Vale destacou que a produção da commodity "apresentou melhoria substancial" no fim do segundo trimestre, com a retomada das operações da mina de Brucutu (MG), que haviam sido interrompidas após Brumadinho, e o aumento de embarques no Sistema Norte.
"O efeito combinado dos dois eventos será consideravelmente percebido no segundo semestre", disse a empresa, em relatório trimestral de produção e vendas.
A Vale também reafirmou sua previsão de vender entre 307 milhões e 332 milhões de toneladas de minério de ferro e pelotas em 2019, e pontuou que a expectativa atual é de que as vendas fiquem próximas ao centro da faixa.
A atual previsão de produção foi anunciada há cerca de um mês, quando a empresa informou que retomaria a produção na mina de Brucutu (MG), sua principal produtora de minério de ferro em Minas Gerais e um dos ativos impactados por paralisações de unidades desde o rompimento mortal de sua barragem em Brumadinho. BN
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