A Justiça da Bahia avalia se solta o assassino que matou a tiros três pessoas e feriu outras cinco durante um filme no cinema de um shopping em 1999 em São Paulo (veja vídeo acima).
Ele deverá passar por um terceiro exame psiquiátrico para saber se poderá deixar o Hospital de Custódia e Tratamento, onde está internado há quase dez anos em Salvador. Lá, o assassino cumpre medida de segurança restritiva de liberdade para tratamento contra esquizofrenia, tomando remédios controlados. Antes de a doença mental ter sido confirmada por laudos médicos, o assassino cumpria pena de prisão na capital baiana pelo crime cometido há 20 anos em São Paulo.
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Dois exames anteriores foram favoráveis à desinternação dele, mas o Ministério Público (MP) da Bahia quer que o assassino passe por mais testes psiquiátricos para saber se ele não oferece riscos caso venha a sair do hospital.
O MP, no entanto, é contra a saída imediata do assassino. Entende que ela tem de ser gradativa pois isso "pode ter consequências graves para si, para sua família e para a sociedade”. Já a defesa alega que seu cliente pode deixar o hospital e continuar o tratamento em casa com a família (leia mais abaixo).
Não há confirmação se os novos exames foram realizados. Os resultados deles deverão ajudar a Justiça a decidir se aceita ou o não o pedido de desinternação do assassino feito pelo seu advogado. A defesa alega que ele não cometerá mais crimes se for solto.
O crime
Mas não foi isso o que ocorreu na noite do dia 3 de novembro de 1999, quando o então estudante de medicina foi a uma das salas de cinema do MorumbiShopping, na Zona Sul da capital paulista, com uma submetralhadora escondida na mochila. Ele tinha 24 anos.
No meio da exibição do filme, ele tirou a arma da mochila e disparou várias vezes contra a plateia de cerca de 30 pessoas. Oito foram baleadas: três morreram, cinco ficaram feridas e mais 15 conseguiram fugir sem ferimentos.
À época, o assassino alegou ter tido um surto psicótico para cometer o crime.
Fonte: G1
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