Gol Linhas Aéreas repete casos de intolerância e faz novas vítimas de preconceito


tualmente, uma das maiores companhias aéreas do Brasil, a Gol acumula casos de preconceito e intolerância, que já causaram constrangimentos a diversos passageiros ao longos do anos em atividade. Nesta semana, mais dois casos ganharam repercussão e foram noticiados na imprensa brasileira.

No último domingo (26), uma família que viajava para São Paulo foi impedida de permanecer no voo 1503 da Gol, no Aeroporto Santa Maria, em Aracaju. Segundo publicação feita por um dos familiares em uma rede social, entre eles estava uma criança com ictiose, doença que deixa a pele escamosa, que iria para uma consulta na capital paulista.

De acordo com o depoimento, os comissários de voo e o comandante afirmaram que o desembarque era necessário por normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de que pessoas com doenças contagiosas não podem viajar em voos comerciais.O caso foi noticiadopelo AjuNews 
. Em contato com site, o Procon Aracaju afirmou que vai investigar a denúncia.


O fato é semlhante a outros envolvendo a empresa. Em outubro de 2011, a Gol dificultou o embarque de uma criança de 7 meses com paralisia cerebral em um dos seus voos, no aeroporto de Uberlândia, em Minas Gerais. Na época, justificaram que a probição era por conta do uso de um aparelho elétrico de sucção, ligado à traqueostomia que garantia a respiração da bebê, sendo necessária a aquisição de um aparelho manual. Mesmo após a compra, a companhia manteve a probição.

Em agosto de 2013, outro caso ganhou grande repercussão por envolver a coreógrafa Deborah Colker e o neto Theo, de 3 anos. Durante o voo entre Salvador e Rio de Janeiro, ela relatou ter sofrido constrangimento por causa da doença de pele epidermólise bolhosa do menino. A aeronave só decolou após um médico da Infraero ter sido chamado e atestar que a doença não era contagiosa.


Na última segunda-feira (27), um caso de racismo envolveu a dupla sertaneja, formada pelos irmãos Ângelo & Angel, que participou do 'The Voice Brasi', em 2013. Eles foram impedidos de embarcar no aeroporto de Confins, em Minas Gerais, para Santa Catarina, após funcinários da Gol exigirem informações sobre a compra das passagens, que tinha sido feita pelo empresário dos músicos.

"Chegamos cedo no Aeroporto Confins para embarcar no voo das 6h15min e, infelizmente, fomos barrados no guichê da empresa Gol na hora de emitir as passagens. Desconfiaram de nós e acharam que o nosso cartão tinha sido clonado. Os funcionários queriam saber quem e quando as passagens foram compradas e pediram até o endereço do comprador", contou Ângelo. "Ele comprou porque tínhamos compromissos em rádios e emissoras de televisão. Conseguimos embarcar no final da manhã daquele mesmo dia, mas perdemos os trabalhos. E foi uma situação muito constrangedora para nós porque ninguém mais da fila passou por aquilo", completou Ângel.


Segundo a assessoria dos artistas, mesmo passando todas as informações solicitadas não conseguiram tomar o avião, a Gol não emitiu os cartões de embarque. Quando aterrissaram no sul do país, horas depois, a agenda do dia havia sido perdida. Os representantes da dupla emitiram nota de repúdio, em que afirmam ter sido um caso "de preconceito e prejulgamento dos funcionários da Gol". De acordo com o comunicado, "nenhum outro passageiro que estava na fila passou pela mesma situação e constrangimento".

Uma situação parecida foi compartilhada pelas vítimas no site de reclamações "Proteste", em fevereiro do ano passado. Com o título "Humilhação, constrangimento e preconceito na hora do check-in", a passageira relata a vergonha que passou com o marido no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. "Comprei 2 passagens ida e volta São Paulo / Recife via Gol linhas aéres para passarmos férias. [...] Concluida a compra, passado todos os dados, recebendo a autorização da operadora do cartão de crédito, a atendente passou o número do Localizador e em seguida enviou email com todos os dados do voo, nome dos passageiros, confirmação de compra conforme segue anexo. Ao chegar no aeroporto de Guarulhos para fazer o chek in no balcão da Gol, me foi exigido a apresentação do cartão de crédito, pois sem a apresentação deste nós não poderiamos embarcar".

Com a proibição, o casal afirma ter comprado outras passagens à vista (no cartão de débito). Em resposta, a companhia garantiu ter feito o reembolso das passagens adquiridas anteriormente, mas que não apagou o constrangimento. "Fui obrigada a comprar outra passagem pagando no débito. Isso porque? Porque somos humildes? Porque estamos voando pela primeira vez pela Gol? Ou por conta da cor da nossa pele?", questinou na época.

Diante das denúncias, o BNews procurou a assessoria de imprensa da Gol Linhas Aéreas para possíveis esclarecimentos. No entanto, a reportagem não obteve resposta de nenhum dos casos até a publicação dessa matéria.

Fonte: BNews
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