Não está fácil para ninguém, mas os donos de cartórios podem se vangloriar de pertencer ao segmento que ostenta aumento de faturamento da ordem de 44,5%, desde 2013. Ou seja, nos últimos sete turbulentos anos, até 2019, atravessou recessão e a maior crise econômica da nossa história arrecadando R$ 97 bilhões.
Bilhões. Fazendo o que mesmo? Todo mundo sabe: carimbando e assinando papéis. Sem apertar um parafuso, em 2019 sangraram cidadãos, empresas e contribuintes em R$ 15,9 bilhões.
Mesmo sem produzir conhecimento, estimular pesquisa ou circular mercadorias, os 23.128 cartórios brasileiros têm reserva de mercado – grosso modo, a de gerar despesas para todos e enriquecer alguns burocratas que vivem nessa espécie de capitania hereditária.
Era comum ouvir da velha guarda de economistas que o Brasil criou o capitalismo cartorial. Nele, ninguém produz, inexiste concorrência, o consumidor não tem poder de interferir nos preços e as novas tecnologias são ignoradas.
Em contrapartida, seus nababos dormem sob o manto protetor do estado e acordam com milhões debaixo do colchão. Não haveria melhor analogia para descrever um organismo parasita como esse: cartório.
Fonte: R7
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