Um surto de sarampo atingiu pelo menos 76 cadetes da AFA (Academia da Força Aérea), em Pirassununga (a 211 km de São Paulo), em um intervalo inferior a um mês. Outros 25 pacientes aguardam os resultados dos exames que, se confirmados, farão com que o total de contaminados chegue a 101.
O total de casos já confirmados representa 11% dos 692 cadetes que atua lmente estão na academia, cujo curso tem duração de quatro anos. Se os 25 em análise forem confirmados, o índice chegará a 14,5%.
Os casos começaram a ser registrados em 31 de janeiro e, como a transmissão da doença pode começar antes mesmo do aparecimento dos sintomas, nas semanas seguintes as notificações proliferaram entre os cadetes, segundo a Vigilância Epidemiológica da cidade paulista.
O local foi alvo de um bloqueio vacinal a partir do dia 21 e todos os cadetes com suspeitas dentro da AFA foram retirados das atividades coletivas e colocados em isolamento de quatro dias nos alojamentos como medida protetiva.
Exceto um, todos os casos confirmados são de alunos do primeiro ano do curso de formação. O outro é de uma civil, que contraiu a doença na própria academia.
“O período de adaptação é muito intenso, com estresse, e a imunidade fica comprometida. Confinamento e baixa do sistema imunológico são o cenário para atrair o sarampo”, disse a enfermeira Patrícia Isabela Cascardo Mellário, coordenadora na Vigilância Epidemiológica de Pirassununga.
O primeiro caso confirmado foi o de um cadete do Rio de Janeiro. Ele chegou à cidade do interior com o vírus incubado, segundo a Vigilância.
A Vigilância Epidemiológica de Pirassununga disse não saber quantos dos cadetes eram vacinados contra a doença. Com a escalada das notificações, bastava o cadete apresentar febre –que poderia indicar outras doenças, não só sarampo– para ser isolado pela AFA.
Fonte: Varela Noticias
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