Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a situação preocupante em que vive a capital do Amazonas, Manaus, na pandemia do novo coronavírus. Sem o equipamento de respirador suficiente para todas as pessoas, a equipe hospitalar usou um saco plástico como uma câmara de ar para um paciente.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Amazonas, o paciente aguardava vaga para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).“A equipe médica decidiu, por conta própria, usar uma técnica experimental não-invasiva para mantê-lo estável, com autorização da família. Após estabilizado, o paciente foi transferido para uma unidade da rede privada”, informa.
Amazonas é o estado brasileiro com o maior número de mortos e infectados pela Covid-19 por 1 milhão de habitantes. Unidade de referência para atendimento a infectados pelo coronavírus em Manaus, o Hospital Delphina Aziz tem apenas 179 dos 350 leitos funcionando, sendo 75 UTIs.
Valas coletivas
De acordo com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), o número de pessoas que morreram sem conseguir internação para tratar a doença na cidade cresceu 36,5% em apenas um dia.
Com o aumento, o sistema funerário está sobrecarregado e, para lidar com a situação, foi criado um comitê de crise para óbitos. No cemitério Parque Tarumã, na zona norte de Manaus, enterros já ocorrem em valas coletivas.
Após Bolsonaro dizer que não comentaria o assunto porque não é "coveiro". A Folha de S. Paulo perguntou o prefeito de Manaus sobre a declaração do presidente. Ao responder ao jornal, Virgílio chorou.
Fonte: Correio Braziliense
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