Ao mesmo tempo em que o país luta contra a pandemia do novo coronavírus, tem que enfrentar uma epidemia de sarampo. Isso porque, atualmente, 19 estados estão com circulação ativa do vírus da doença. Em apenas uma semana, o número de casos confirmados saltou 18%, segundo o Ministério da Saúde.
De acordo com o boletim epidemiológico emitido pela pasta em abril, o maior número de casos confirmados de sarampo concentra-se no Pará, com 970 pessoas infectadas, sendo 23,1 casos a cada 100 mil habitantes. Apenas neste ano, 8.325 casos suspeitos foram notificados ao ministério e, desses, 2.805 estão confirmados –– outros 3.856, que representam 46,3% das notificações, seguem em investigação. A recomendação é de que todas as crianças, a partir dos seis meses de idade, sejam vacinadas.
O maior número de registros confirmados está em pessoas entre 20 e 29 anos de idade, com incidência de 5,2 por 100 mil. Entretanto, a maior infecção por faixa etária está em menores de cinco anos, sendo 13,1 casos a cada 100 mil habitantes.
Quatro óbitos pela doença foram registrados neste ano em três estados brasileiros: uma criança de 13 meses, não vacinada e portadora de encefalopatia, morreu na capital paulista; em Nova Iguaçu (RJ), a vítima tinha oito meses de idade, não era vacinada e estava em um abrigo do município; e, em Belém, os casos fatais foram de uma criança de um ano e seis meses de idade e de uma criança indígena, de cinco meses, com caso de desnutrição –– ambas não eram vacinadas.
lado “outras doenças que são tão ou mais graves”. “A população fica com medo de sair de casa para a vacinação, que é a principal forma de contenção desse vírus”, analisa a médica.
Após três anos da erradicação do sarampo, em 2019 o Brasil perdeu o certificado de país livre da doença, concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Neste ano, o Ministério da Saúde estabeleceu metas para recuperar a certificação dentro do Movimento Vacina Brasil.
Desde agosto de 2019 o Ministério adotou a estratégia da dose zero de vacinação contra o sarampo para as crianças de todo Brasil, entre seis e 11 meses de idade, para evitar casos graves e óbitos pela doença. Ainda de acordo com o relatório da pasta, as secretarias estaduais de saúde informam que todas as medidas de prevenção e controle estão sendo realizadas.
Fonte: Correio Braziliense
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