Crimes digitais são apurados por equipe especializada na Bahia; saiba como se defender



Com o acesso cada vez mais globalizado à internet e às redes sociais, as fake news, calúnias e injúrias no ambiente digital têm se multiplicado de forma desenfreada. Quem sofre esse tipo de crime, não está desamparado na Bahia, basta se cercar de provas.

O primeiro passo, segundo a advogada especialista em crimes digitais Ana Paula de Moraes, é printar a tela e fazer a lavratura da ata notarial em um Cartório de Notas. Em seguida, procurar a delegacia mais próxima e registrar o boletim de ocorrência. A partir daí, a autoridade policial vai analisar as provas junto com a delegacia de crimes digitais, organização que já está presente no estado baiano.

“O trabalho com crimes digitais na Bahia tem um aparelhamento bem satisfatório para a sociedade. Quando os policiais precisam de apoio, contam com a Polícia Federal e outros órgãos da segurança pública. O cidadão baiano não precisa ficar preocupado, pois terá resposta do poder público em relação aos crimes digitais”, tranquilizou a advogada durante entrevista ao apresentador José Eduardo, na noite desta quarta-feira (3), na Rádio Metrópole. 

Ela orientou que as vítimas de crimes digitais, além de buscarem a esfera criminal, deem entrada em um processo no Juizado Especial Cível, pois elas têm direito a pedir indenização por dano moral quando há a identificação de quem cometeu o delito.

“Vivemos um sério momento com pessoas que vivem sempre emitindo desinformação. Criar perfil falso na internet é cometer crime de identidade ideológica. Quem faz fake news ou utiliza perfil falso pra caluniar e cometer injúrias, está absorvendo uma concorrência de crimes. Ninguém está protegido pela lei ao anonimato, é fácil identificar mediante ordem judicial o titular da conta associada ao crime”, avisou Ana Paula.

Ela alertou que todos que repassam fake news podem responder ao processo juntamente com o criador da mensagem, mesmo que isso tenha ocorrido através de aplicativos como Whatsapp e Telegram. Isso porque a situação/mentira toma uma proporção muito maior com esse tipo de compartilhamento.

Fonte: BNews

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