Sexóloga baiana denuncia violência em atendimento ginecológico em Portugal: “Me senti em um matadouro”



A sexóloga brasileira Aline Castelo Branco, que vive há alguns anos em Portugal, usou as redes sociais neste domingo (14) para denunciar a violência que sofreu durante atendimento em uma clínica de ginecologia portuguesa.

Ela afirmou que foi à emergência do Hospital de Cascais, em Portugal, para fazer um procedimento de drenagem de um abscesso na vagina. Segundo a sexóloga, seria necessário apenas uma drenagem com um corte simples, mas um médico insistiu em fazer uma ecografia (teste diagnóstico que analisa as estruturas internas do organismo).

Como ela já esperava, o médico afirmou que não identificou nada e a liberou. Dias depois a sexóloga retornou à mesma emergência e foi atendida por uma médica, que prescreveu uma cirurgia.

“Opa! Já fiquei assustada. Preciso ir para uma CTI para fazer uma drenagem que dura 5 minutos? Entendi que poderia ser algo mais grave”, relatou Aline.

Em seguida, ela foi medicada, ficou sonolenta, e quando acordou foi mal tratada por funcionárias da instituição: “Comecei a pensar que era por ser brasileira, mas nem quis, reafirmar esse pensamento”.

Mais de 10 horas depois, Aline tentou contato com algum responsável para entender o motivo da demora de um procedimento que leva geralmente 5 minutos e explicou que é sexóloga e entende do assunto.

Algumas horas depois duas médicas chegaram para lhe atender, uma delas, segundo Aline, com tom de revolta: “Senta lá vamos ver isto”. Foi neste momento que ela abriu as pernas da sexóloga, jogaram iodo na região íntima, água oxigenada e sequer utilizaram anestesia para realizar o corte.

“Sabe como me senti? Em um matadouro”, relata.

Antes da retirada do cateter usado para aplicação do soro, a médica liberou a sexóloga, que pediu ajuda a uma enfermeira para se recompor. Aline relata que se sentiu humilhada e chorou bastante. Não conseguiu, sequer, dormir na mesma cama com o marido.

Aline afirmou que ainda não realizou qualquer denúncia na junta médica portuguesa, pois estava processando o que sofreu e aguardando o momento certo para agir.

O Hospital de Cascais foi questionado pelo VN, mas até o momento não respondeu às nossas solicitações.

Fonte: Varela Notícias

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