O Bahia tem um problema para resolver nos próximos dias. O tricolor descobriu que foi vítima de fraude na realização dos testes para a covid-19 aplicados aos atletas e funcionários do clube como protocolo para o retorno das atividades e jogos de futebol.
Nos últimos dias, o Bahia recebeu laudos atestando que os exames feitos em jogadores e funcionários foram realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen). O problema é que o laboratório contratado pelo tricolor para fazer os testes é o Nossa Senhora de Fátima, empresa particular que tem sede em Candeias.
O Bahia suspeita de que foi envolvido em um esquema de fraude que tem usado o Sistema Único de Saúde (SUS) para analisar as amostras colhidas.
Após tomar conhecimento da origem dos documentos, o clube entrou em contado com o Lacen e o caso agora vai ser investigado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Nos laudos recebidos pelo Bahia, constam que os exames foram feitos na Unidade de Pronto Atendimento Santo Antônio, que fica localizada no bairro de Roma, em Salvador. Foi aí que a fraude foi detectada. À Folha de S.Paulo, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, lamentou o episódio.
“É lastimável que algumas pessoas insistam em tirar vantagens em um momento como este do país”, disse Bellintani.
O Laboratório Nossa Senhora de Fátima é o mesmo usado pela CBF para testar os jogadores envolvidos na disputa da Copa do Nordeste. O Nordestão garante apenas a testagem de 26 pessoas, entre jogadores e funcionários. O restante é bancado pelos próprios clubes.
A empresa de Candeias também atende ao Instituto 2 de Julho, organização social que gere a UPA Santo Antônio. Em nota, o Instituto 2 de Julho confirma que o Laboratório Nossa Senhora de Fátima usou de forma indevida a senha compartilhada pelo Instituto e diz que o contrato com a empresa foi rompido. A organização social promete reparar os danos ao Lacen.
"Nossa organização social terceiriza os serviços do laboratório Nossa Senhora de Fátima, empresa que também foi contratada para prestar serviços privados ao clube de futebol. Lamentavelmente, ela fez uso ilícito de senha compartilhada do Instituto 2 de Julho”, diz trecho da nota.
Fonte: Correio
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