O presidente da Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia (Sindifibras), Wilson Andrade, deu entrevista à reportagem da TV Record e depois de falar com a jornalista Adriana Araújo esqueceu de encerrar a chamada de vídeo. Com a câmera ainda ligada ele admitiu que existe um “esquema completamente irregular” em relação as condições de trabalho em campos de Sisal na Bahia.
Assista o vídeo:
Após o fim da entrevista, o presidente do sindicato não encerra a ligação, e admite a grave situação dos trabalhadores #RRI pic.twitter.com/dTWrb3se1q— Record TV (@recordtvoficial) August 7, 2020
A reportagem foi ao ar no programa "Repórter Record Investigação" desta semana.
Durante a entrevista a Adriana Araújo, Wilson Andrade assegurou que o setor fornecia condições de trabalho adequadas. Ele afirmou que tudo estava dentro do padrão exigido pelas leis brasileiras. Mas após se despedir da jornalista, ele esqueceu de encerrar a chamada e ao conversar com o assessor desmentiu o próprio discurso.
No vídeo ele aparece falando que “a defesa está feita". "Ela [a jornalista Adriana Araújo] está querendo colocar [a culpa] na conta da indústria”, diz. “O esquema é completamente irregular. Não tem registro, o cara trabalha como autônomo. Chega na sua fazenda, tira o sisal. Metade é seu, metade é meu. Tá errado, ela tem razão (…) Agora, você tem que defender naquilo que pode, tá certo?”, diz o presidente do sindicato em seguida.
A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), informa que o setor movimentou US$ 100 milhões por ano, cerca de R$ 543 milhões na cotação atual do dólar. A reportagem do “Repórter Record Investigação” denunciou as jornadas de trabalho exaustivas, lavradores que foram mutilados em equipamentos e crianças que precisam ajudar os pais nas plantações. Grande parte dessas pessoas não recebe nem um salário mínimo. As informações são do portal Hugo Gloss.
Fonte; Bahia Notícias
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