Jacobina pode ter até 04 mulheres disputando eleições em 2022


Nem bem acabou um pleito eleitoral, os bastidores políticos já fervem, principal município do Piemonte da Diamantina, Jacobina completará em 2022, dezoito anos sem representante local na Assembléia Legislativa, já que o último com domicílio eleitoral na cidade do ouro foi Rui Macedo, eleito em 2002, e deixando cargo em 2004, para assumir o executivo local. Em 2010 Amauri Teixeira foi eleito deputado federal, sendo o primeiro jacobinense a assumir uma cadeira na câmara nacional, não obteve êxito na busca pela reeleição, e trabalha na organização política do PT no município, além de apoiar os deputados estadual e federal, Marcelino Galo e Jorge Solla, respectivamente.

Em 2018 o atual prefeito, Tiago Dias, foi o mais votado no município que ainda teve Kátia da Saúde, hoje vice prefeita como a segunda mais votada na corrida à AL-BA, o que demonstra claramente que é preciso marcar território se quiser ser o mandatário da cidade, já que em 2014 Luciano da Locar foi o mais votado para estadual, sendo eleito prefeito em 2016, em 2010 Rui Macedo teve mais de 10 mil votos, e venceu a disputa em 2012, demonstrando que nas últimas três eleições, quem obteve maior votação como deputado estadual, tornou-se o prefeito do município.

Para 2022 a história pode ser marcado como o ano das mulheres, na política em Jacobina:
Foto: Campanha 2020


Mariana Oliveira:
A carismática odontóloga foi terceira colocada nas eleições municipais em 2020. Filiada ao PT, em uma eleição que poderá ter a volta do ex-presidente Lula em uma disputa eleitoral, Mariana poderá se valer de um ambiente propício e efervescente por um suposto fortalecimento do petismo. Em sua tentativa rumo à prefeitura de Jacobina, Oliveira foi escolhida como candidata do Partido dos Trabalhadores, quase que no apagar das luzes, contudo, demonstrou dominar diversos assuntos que discorrem a respeito da gestão pública, além de realizar uma campanha que fugiu dos ataques pessoais, direcionando seu projeto à propostas.

Foto: Rádio Jaraguar

Kátia da Saúde
A enfermeira Kátia Alves, saiu fortalecida em 2018, e tornou-se o fiel da balança nas eleições municipais, filiada ao Podemos, Kátia além de ser a vice-prefeita do município acumula a função de Secretária da Saúde. Tem em seu curriculo a experiência de ter sido Diretora do Núcleo Regional de Saúde do Centro-Norte, e goza da amizade e respeito do Governador Rui Costa, além de ter bom trânsito com as lideranças locais e regionais. Resta saber se Kátia contará com o apoio do atual prefeito, que também tem compromissos com o deputado estadual Júnior Muniz, ou se declinará seu nome dando continuidade à sua contribuição na gestão da saúde no município.

Foto: Paulo Facínius


Aline Pinheiro
Segundo informações o nome da ex-primeira dama já surge em grupos de whatsapp organizados por apoiadores, que dão como certo o seu nome na disputa do próximo pleito. O nome de Aline e a ausência de Luciano, se dá numa tentativa do ex-prefeito passar a ter luz própria, sem a necessidade de um grande apoiador, além de diminuir qualquer índice de rejeição referente ao nome do seu marido. Aline tem boa relação com o meio evangélico, tem ainda a seu favor o trabalho realizado à frente da Secretaria Municipal da Assistência Social, contaria com o apoio do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, e pode fazer uma dobradinha com Elmar Nascimento em diversos municípios da região, em contraponto está o fato de Luciano não ter cativado um grupo, e a maioria absoluta de quem o seguiu estar destinado a ficar com o ex-prefeito Leopoldo Passos, principalmente após o comportamento de demissões sem diálogo ao fim da sua gestão, e ter uma insatisfação de centenas de cabos eleitorais.

Foto: Paulo Facínius

O 4º nome seria uma novidade? E se Valdice Castro for candidata?

Única mulher a governar Jacobina, ela é a figura mais carismática da política jacobinense, ao ponto de ser querida até por adversários políticos. Valdice Castro (PSD), foi assistente social no Hospital Regional Vicentina Goulart por 30 anos, figura impoluta e popular, realizou um governo voltado ao serviço social e infraestrutura da sede e interior do município, além de ter sido responsável diretamente, pela eleição e reeleição do seu esposo, Leopoldo Passos. Caso se evidencie o nome da ex-prefeita, certamente que o cenário mudaria totalmente. Leopoldo goza da amizade pessoal de Otto Alencar, conta com o respeito de diversas lideranças que acompanham ACM Neto, e tem sua proximidade com o governador da Bahia, contando ainda com a pessoa de Cícero Monteiro, chefe de gabinete de Rui Costa como amigo. Castro é o tipo de nome que sempre estará na pauta política, e seus posicionamentos tem um peso de decisão, pois embora seu companheiro seja um líder, ela é quem faz o corpo a corpo, os dois juntos, um em estratégia e outro com a massa popular, coloca muita gente para pensar e repensar.

As Cartas ainda serão dadas, mas o baralho já está sobre a mesa.

Fonte: Informa Sertão

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