A campanha Prato Cheio de Solidariedade terá início no dia 26 de abril; objetivo é arrecadar, em dois meses, 2.000 cestas básicas |
Jacobina – “Desde o início da Pandemia da Covid-19 vemos crescer o número de pedidos de ajuda, especialmente, por cestas básicas. São centenas de pais e mães de família que, impossibilitados de trabalhar, não conseguem levar o pão de cada dia à sua casa. Medo, insegurança e desespero são alguns dos sentimentos que a fome provoca e não poderíamos ficar parados diante de tão chocante realidade”, ressalta o radialista Maurício Dias.
O comunicador retratou em sua fala duas realidades: das famílias que necessitam da solidariedade para ter o que comer e o papel dos veículos como porta-vozes desta parcela da sociedade, a mais atingida pela Pandemia.
Como ajudar mais? Essa passou a ser uma inquietação dos comunicadores e da direção das emissoras que, depois de algumas reuniões, produziram o Prato Cheio de Solidariedade. Iniciativa do Grupo J. Sidney, o projeto terá lançamento oficial na segunda-feira, 26, e visa arrecadar 2.000 cestas básicas para distribuição às famílias em vulnerabilidade do município de Jacobina, Centro-Norte baiano.
“Os pedidos de ajuda são crescentes, inclusive na programação musical das emissoras, o que não acontecia anteriormente. A impossibilidade de atender todos os nossos ouvintes fez nascer e crescer o desejo de ajudar. Agora, estamos colocando em prática o Prato Cheio de Solidariedade e precisamos do envolvimento/engajamento de toda a sociedade”, explica Lígia Lane, apresentadora do programa Bom Dia Amizade.
Durante o "Prato Cheio de Solidariedade" as emissoras trarão em sua programação entrevistas com especialistas sobre segurança alimentar, reaproveitamento e substituição de alimento, cuidados e prevenção do novo Coronavírus, lives com artistas da terra, confecção e distribuição de máscaras de proteção para as populações beneficiadas com o projeto, dentre outras.
O Grupo J. Sidney disponibilizará logística para arrecadação de alimentos, armazenamento, transporte e distribuição. Entre as ações estão drive thru, pontos fixos, em locais estratégicos, para arrecadação de alimentos.
Sobre a fome no Brasil
Pesquisa recente realizada pela Universidade Livre de Berlim, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de Brasília (UnB), indica que no Brasil a fome e a má alimentação cresceram durante a pandemia. A insegurança alimentar grave ou moderada atinge 27,7% da população, o que corresponde a mais de 58 milhões de brasileiros.
Em 2004, quando o programa Bolsa Família foi criado, 16,8% da população sofria com a fome. O número esteve em queda até 2014, mas voltou a subir em 2015 com a recessão econômica e explodiu no último ano por conta de todas as restrições impostas pela Pandemia da Covid-19.
Por Tamara Leal
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