Gabriel Jesus, Paquetá e Neymar comemoram (Lucas Figueiredo/CBF) |
O Brasil conseguiu superar a crise e a tensão causadas pela insatisfação dos jogadores e do técnico Tite com o anúncio da Copa América no país e alcançou sua quinta vitória nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. O time venceu o Equador por 2x0 nesta sexta-feira à noite, em Porto Alegre, e manteve o aproveitamento de 100% - cinco jogos, cinco vitórias.
A imagem do jogo foi a comemoração do primeiro gol. Todos os jogadores para celebrar com Tite no banco de reservas. Foi um agradecimento claro pelo apoio do treinador nas reclamações do grupo em relação à CBF. Segundo os atletas, a entidade não os informou sobre a mudança de sede da Copa América e ainda não se manifestou sobre o torneio. O recado foi claro: o grupo está unido. Tite prometeu se manifestar após o jogo contra o Paraguai, em Assunção. Casemiro idem.
A Seleção teve oito mudanças em relação ao último jogo das Eliminatórias, contra o Uruguai, há quase sete meses. Isso obviamente prejudicou a fluidez das jogadas, principalmente do meio para a frente. A ausência mais dolorida foi a de Renan Lodi. O lateral que foi campeão espanhol pelo Atlético de Madrid representava uma grande válvula de escape para a equipe nos últimos jogos, mas Tite optou por Alex Sandro, que vinha sendo escalado na Juventus com mais frequência no final da temporada europeia. O time perdeu sua principal saída.
O Brasil inverteu o lado e apostou em Danilo. Foi pela direita que o time conseguiu as jogadas de linha de fundo. E criou as principais chances, como a finalização de Gabigol em cima do goleiro aos 22 minutos e o gol anulado no final do primeiro tempo.
Os lances mostraram que Gabriel aproveitou o fato de ser titular após cinco anos, embora não tenha feito gol. A última vez havia sido na despedida de Dunga, quando o Brasil perdeu para o Peru, na Copa América 2016. Mas sua atuação vai ficar marcada pelo gol perdido aos 27 do segundo tempo na cara do goleiro.
Terceiro colocado nas Eliminatórias até o início da rodada, o Equador não justificou o retrospecto de melhor ataque da competição. O time do zagueiro são-paulino Arboleda (o atacante Jordy Caicedo, ex-Vitória, entrou no segundo tempo) incomodou pouco o goleiro Alisson e só começou a avançar suas linhas quando já perdi por 1x0. Criou pouco.
Sempre marcado por três jogadores, Neymar, principal esperança de gol, buscou o jogo pela direita, pelo centro e até chutou de fora da área. Mas o craque do PSG só conseguiu aparecer mais na partida quando Tite adotou uma formação mais ousada. Ele tirou Fred e colocou Gabriel Jesus no início do segundo tempo. O time ficou mais ofensivo e dinâmico com praticamente quatro atacantes. Com isso, passou a ter vantagem numérica na chegada ao ataque. Justiça seja feita: a mudança só ocorreu porque Tite ficou com receio de Fred receber o segundo cartão amarelo.
No primeiro lance em que os homens de frente avançaram, o Brasil abriu o placar. Neymar tocou para Richarlison marcar o terceiro gol dele nas Eliminatórias, com ajuda do goleiro Domínguez. O chute foi fraco e defensável, mas entrou. Nos acréscimos, Neymar marcou o segundo gol de pênalti - na segunda tentativa, depois de o árbitro exigir uma nova cobrança porque o goleiro equatoriano se adiantou ao defender a primeira.
Fonte: Correio 24h
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