O ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta (DEM) voltou a criticar a condução da pandemia pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em entrevista ao UOL News, Mandetta avaliou que a política negacionista do governo causou mais mortes pela doença.
"Cada país tem seu rosto expressado em seu líder. Tivemos uma situação em que nós fomos defrontados contra um inimigo que ameaçava a vida. Entre a vida e a morte nosso presidente optou pela morte", disse.
O Brasil conta com pouco mais de 496 mil mortes pela Covid-19 e atravessa uma média diária em 2021 maior que a de 2020. Em sentido oposto, outros países conseguem controlar a pandemia com vacinação em massa e uso de medidas restritivas. Para Mandetta, o governo federal na figura do presidente apostou em teorias ineficazes.
"Essa marca de meio milhão de mortos, quando você tem aberto para nação inteira diariamente que as ações foram todas no intuito de ir num caminho em teorias absolutamente absurdas de contágio de todo mundo, para ver se todo mundo pegasse a doença, construção de imunidade de rebanho através de contaminação, não uso de máscaras. Quando você vê que não se adquiriu vacinas apesar dos inúmeros pedidos e da ausência do Ministério da Saúde em ir atrás. Enfim, esse capítulo você teve um problema grande, você só precisa de líder quando você se depara com uma situação em que você precisa da liderança forte, firme em nome da nação (...) E no momento onde você teve um problema como esse nós uma liderança falha, caótica", avaliou o ex-ministro.
Fonte: A Tarde
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