Foto: Sesab/ Divulgação
Defensor da mudança nos critérios para distribuição das vacinas contra a Covid-19, o secretário de Saúde de Salvador, Leo Prates, calculou a “injustiça” que a capital baiana tem sofrido com a atual estratégia de distribuição. Segundo o titular da SMS, ao comparar os números de Salvador, que tem 55% do público-alvo vacinado com a primeira dose, com os números de Vitória, que tem cerca de 88% de sua população vacinada, a defasagem chega a cerca de 400 mil a 450 mil doses.
"Não é um erro simplesmente porque o ministério quis errar, eu nunca acusei o ministério de favorecimento a A, B ou C. Eu acusei a injustiça do critério que estava sendo utilizado, apontei um critério mais justo, já que o objtivo é vacinar toda a população acima de 18 anos", disse Prates, em entrevista ao Jornal da Manhã, nesta quinta-feira (15). Ele [Marcelo Queiroga] reconheceu que o critério tem causado distorção e a partir de agora vai ser distribuído pelo critério populacional, porém a nossa expectativa e a nossa cobrança é pra que também sejam repostas todas as doses que a gente proporcionalmente recebeu a menos", acrescentou o secretário.
O reconhecimento a que ele se refere partiu do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Em audiência realizada na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (14), o representante do governo federal admitiu que a distribuição não tem considerado apenas o percentual da população adulta, público-alvo atualmente sendo vacinado por faixa etária no país, e afirmou que a mudança será avaliada.
A discussão também virou pleito do secretário de saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, e do governador Rui Costa (PT). No caso de Salvador, uma apuração feita pelo Bahia Notícias há um mês mostrou que à época a capital era a terceira mais rápida na aplicação de doses e também a terceira que menos havia recebido doses proporcionalmente.
Fonte: Bahia Notícias
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