Foto: Sérgio Lima / Poder360 |
Em documentos enviados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid do Senado nesta semana, o Ministério da Saúde afirmou que os medicamentos do chamado “kit covid’ são ineficazes no tratamento contra a covid-19. A informação é do site Congresso em Foco.
“Alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente. A ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população”, diz o documento.
Segundo o site, duas notas técnicas foram entregues à comissão por um pedido do senador Humberto Costa (PT-PE). O Ministério da Saúde afirma que “não se trata da avaliação em separado se medicamentos específicos”. Eis a íntegra da nota:
“O Ministério da Saúde esclarece que foi demandado à Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) a avaliação das Diretrizes para Tratamento Hospitalar do Paciente com Covid-19, que englobou todos os medicamentos disponíveis para o tratamento da doença em pacientes graves internados. Portanto não se trata da avaliação em separado de medicamentos específicos.
O documento se destina à padronização do tratamento no país e está em constante atualização, conforme surjam novas evidências e alternativas terapêuticas disponíveis”.
As vendas de cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina, nitazoxanida e doxiciclina mais que quintuplicaram em 2020 para 6 das 30 fabricantes de ao menos um desses remédios. Os medicamentos integram o chamado “kit covid”, que não tem eficácia comprovada. Os dados são da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e foram obtidos pelo Poder360.