Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil |
Policiais militares do país todo devem aderir aos atos de 7 de Setembro a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas não há risco de ruptura institucional. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a avaliação é feita por associações que reúnem praças e oficiais de diversos estados.
Em meio a um recrudescimento da crise entre Poderes e de atritos entre governadores e forças de segurança, entidades defendem a presença dos agentes em protestos, desde que de maneira individual, e reiteram em parte as críticas aos gestores estaduais, diz a publicação.
Opinam, porém, que a temperatura das tropas é baixa na prática, porque os policiais sabem que se cruzarem a linha terão que responder disciplinar ou criminalmente. A preocupação real, dizem, é com salários e condições de trabalho.
“Não é nada desse clima que estão pregando, está havendo uma superestimação”, afirma o coronel da reserva Marlon Teza, presidente da Feneme (Federação Nacional das Entidades de Oficiais Militares Estaduais), que reúne 51 associações e 75 mil filiados.
Bolsonaro tem inflamado os atos e radicalizado os ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal) nos últimos dias. Do outro lado, governadores monitoram ações políticas de seus policiais, temendo insubordinações pela infiltração de bolsonaristas nas corporações.
Nesta semana, o coronel Aleksander Lacerda foi exonerado do cargo de comandante de sete batalhões da PM no interior de São Paulo, após fazer críticas ao governador João Doria (PSDB) e convocar seus seguidores nas redes sociais para o protesto na avenida Paulista.
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