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“Enquanto vivo for, essa é nossa bandeira”, disse Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada. A fala foi transmitida por um canal no YouTube simpático ao presidente.
O chefe do Executivo nacional também indicou que o resultado das eleições de 2022 pode ser questionado. “Hoje, sinalizamos para uma eleição que… Não é que está dividida. Uma eleição onde não vai se confiar no resultado das apurações.”
O mandatário ainda agradeceu os votos favoráveis à PEC e disse que muitos deputados que foram contrários à matéria votaram de tal maneira por receio de sofrer retaliações.
“Quero agradecer à metade do Parlamento que votou favorável ao voto impresso. Parte da outra metade que votou contra entendo que votou chantageada. Outra parte que se absteve, dessa parte alguns ali também não votaram com medo de retaliação”, afirmou. “Então, com problemas essas pessoas resolveram votar lá com o ministro lá, presidente do TSE”, prosseguiu.
A derrota
Com 218 votos contrários, 229 a favor e 1 abstenção, a Câmara rejeitou na noite dessa terça-feira (10/8) a PEC do Voto Impresso. Para ser aprovada, a matéria precisava de, no mínimo, 308 votos favoráveis. O projeto é fortemente defendido pelo governo.
Agora, o texto será arquivado, e o formato atual de votação e apuração deve ser mantido nas eleições de 2022.
Para tentar reverter votos em plenário, a autora da PEC, deputada Bia Kicis (PSL-DF), pediu que seus colegas parlamentares não encarassem a proposta como um desejo pessoal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e sim do eleitor brasileiro. A fala da congressista reconheceu que a defesa do voto impresso feita pelo presidente só prejudicou o andamento da matéria.
“O rumo do debate foi completamente desvirtuado”, reclamou a deputada. “Essa não é a PEC do presidente Bolsonaro. Essa não é a minha PEC. Por isso eu gostaria de despolitizar essa discussão”, propôs.
Bolsonaro fez referência ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, que atuou em defesa do sistema eletrônico de votações. O titular do Planalto tem subido o tom contra o ministro, a quem já acusou de mentir e chantagear parlamentares.
Fonte: Metrópoles