Foto: Raul Spinassé | Agência A Tarde |
O prefeito de Salvador, Bruno Reis, afirmou nesta sexta-feira, 15, que pretende decidir sobre a realização do Carnaval até o fim deste ano. Em coletiva de imprensa na entrega da nova sede da Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (Sempre), o gestor disse que não pode demorar mais para bater o martelo, pois caso contrário "não dá tempo de organizar" eventos como a folia momesca e o Festival da Virada no fim de ano.
"Em junho, tínhamos a expectativa, após tantos festejos, de elevação dos casos, o que não ocorreu. Em setembro, outubro, o temor da variante delta, que não impactou no sistema. Em outubro já nos permite tomar decisões, temos um cenário onde teremos resposta para uma pergunta. Com a população imunizada, vamos poder voltar à vida que tínhamos antes? Tirar máscaras, aglomerar, comemorar, celebrar? Se sim, vai permitir ter todos os eventos: Réveillon, festa de largo, Lavagem do Bonfim e Carnaval", explicou.
O porte das festas, que em outros anos chegam a atrair mais de 500 mil turistas, segundo prefeito, torna necessária a participação do poder público estadual, principalmente com o suporte da Polícia Militar. Nos próximos dias, o prefeito deve conversar com o governador Rui Costa e os demais segmentos do ramo de eventos. Até lá, o foco será em dar prosseguimento à vacinação contra a Covid-19 na capital baiana.
"A prefeitura promove, é o principal ator, mas não há como pensar em Carnaval ou Réveillon sem a presença do governo do Estado e da PM. No momento certo, e a expectativa é a partir de agora, nos próximos 10 dias vamos dialogar com todos os atores e tomar decisões para ver se dá para fazer. Nossa expectativa é chegar ao final de novembro com toda a população autorizada vacinada [...] Feito isso, o prefeito não tem mais o que fazer em relação à vacina", salientou.
Bruno ainda destacou que as máscaras se mostraram importantes no combate à Covid-19 e que não há pressa para desobrigar o uso da proteção facial, ao contrário do que tem sido sinalizado em outras cidades do país.
"A máscara é a principal ferramenta para enfrentamento da Covid. Se é a principal arma, a gente só pode abrir mão dela por último. Antes dela nós temos diversas outras etapas a serem vencidas. Por exemplo, tirar restrição de um metro no cinema, teatro, igreja. Isso tem que vir antes da retirada da máscara, a quantidade de pessoas em cada ambiente. Se a gente já tem um ano e meio usando a máscara, já nos habituamos a isso, e está mais do que provado que ela ajuda a conter a propagação do vírus, então vamos deixar para fazer isso por último", disse.
"Só após a imunização completa da população alvo, sempre trabalho com população alvo, e a depender de como estiver o quadro da pandemia, isso vai nos permitir retirar as máscaras. Agora é inoportuno, esse debate não ajuda e traz a sensação de que nós estamos livres da pandemia, mas não estamos. Minha ideia é discutir só em dezembro", acrescentou o prefeito.
Segundo a prefeitura, mais de 1,3 milhão de pessoas já tomaram as duas doses ou a dose única da vacina contra o novo coronavírus em Salvador. Cerca de 140 mil pessoas ainda estão com a segunda dose da vacina atrasada na capital. Outras 110.400 receberam a dose de reforço.
Fonte: A Tarde
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