Mineração com preservação do meio ambiente e desenvolvimento socioeconômico é possível

Para ex-secretário de nacional de mineração a atividade pode ocorrer de forma sustentável

Uma mineração com desenvolvimento e sustentabilidade. É dessa forma que o ex-secretário nacional de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), Alexandre Vidigal, enxerga a mineração nacional nos dias atuais. Ele que ficou por dois anos e meio no cargo, durante a sua gestão coordenou a elaboração do Plano Mineração e Desenvolvimento (PDM), que estabelece programas e metas para inserir a atividade de mineração no desenvolvimento do País. No artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, Vidigal fala da importância da atividade e também o quanto o Brasil e o mundo já evoluíram nesse cenário.

“O conhecimento técnico-profissional atualmente disponível, juntamente com os recursos tecnológicos cada vez mais sofisticados, tem tornado uma realidade alcançar resultados muito eficientes na pesquisa geológica, nos métodos de extração, aproveitamento e transformação mineral, bem como no monitoramento e controle daquelas atividades. O que é capaz de inserir a mineração dentre as atividades produtivas absolutamente compatíveis com as exigências atuais de segurança na preservação do meio-ambiente e do desenvolvimento econômico e social”, declarou Vidigal.

As ações de ESG, sigla em inglês para melhores práticas ambientais, sociais e de governança, vem ganhando atenção de empresas, investidores, e da sociedade em geral ao redor do mundo. No Brasil, o tema acompanha a discussão global, principalmente no que se refere ao meio ambiente e às questões sociais. Tais avanços podem ser observados também na Bahia, terceiro maior produtor de minérios do país, e que possui diversas empresas que investem e buscam uma utilização mais eficiente e eficaz dos recursos naturais.

As ações são incentivadas pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), que exige um comprometimento socioambiental das empresas com as quais fecha parceria.

“É preciso reforçar os investimentos em inovação. Quando nós investimos em inovação, pesquisa, ciência, foi quando houve grandes avanços no país. A sustentabilidade para mim é associar o uso racional do meio ambiente com a comida na mesa das pessoas, com a possibilidade de uma vida digna”, diz Antonio Carlos Tramm, presidente da CBPM.

A Atlantic Nickel, situada no município de Itagibá, é um dos exemplos de sustentabilidade. A empresa recebeu em 2021 o Selo Ouro no Programa Brasileiro GHG Protocol, principal ferramenta utilizada para quantificar e gerenciar emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Além disto, a empresa utiliza um circuito próprio de reaproveitamento que permite o retorno de 90% da água captada em cavas, pilhas, planta de beneficiamento e outras áreas, possibilitando a reutilização no processo produtivo.

Já para a Yamana Gold, situada em Jacobina, a utilização racional dos recursos naturais é uma premissa para o desenvolvimento dos negócios na cidade. O reuso da água em todos os processos da empresa, a reciclagem do lixo orgânico com a implantação de uma usina de compostagem em parceria com uma cooperativa local, o controle da poluição atmosférica por meio de programas específicos para este fim.

“Ser sustentável é uma premissa para trabalhar no ramo da mineração hoje em dia. A Yamana possui programas muito intensos voltados à sustentabilidade do setor e esse é um grande passo para que continuemos trabalhando com alto desempenho, segurança e responsabilidade socioambiental. Nossas ações visam refletir um conjunto de valores que compartilhamos com nossos empregados e comunidades, incluindo honestidade, transparência e integridade”, afirma Sandro da Silva Magalhães, Vice-Presidente Operações Brasil & Argentina da Yamana.

Outra empresa que também possui iniciativas socioambientais é a Mineração Caraíba, situada no Distrito de Pilar, Jaguarari-BA, e que possui ações voltadas para o fortalecimento da economia local e regional. Os investimentos acontecem na atividade rural, a exemplo da Cooperativa Mãos do Campo – Laticínio que processa 1.500 litros de leite/mês com a produção de 150 quilos de queijos e outros produtos – Hortas Comunitárias, bem como a produção de mudas nativas da caatinga que são utilizadas na revegetação das áreas degradadas e em ações de educação ambiental promovidas nas escolas e comunidades.

A realização de ações socioambientais é uma prática comum entre as mineradoras baianas. Vanádio de Maracás, Bamin, Equinox Gold, Ferbasa, são algumas das empresas que também desenvolvem ações similares. Pensando nisso, a CBPM desenvolveu um Sumário de ações sustentáveis da mineração baiana onde é possível obter mais informações sobre os projetos socioambientais desenvolvidos pelas principais mineradoras. Acesse: http://bit.ly/sumariocbpm e confira!
Ascom/CBPM

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