Coordenador do Carnaval em 2022 critica conduta de Rui sobre a festa: 'Ele não discute'


Foto: Reprodução / YouTube

O coordenador do Carnaval de Salvador em 2022, Washington Paganelli, criticou o posicionamento do Governo da Bahia de se ausentar das responsabilidades relacionadas a realização da festa no próximo ano.

Em entrevista ao programa Isso É Bahia, da rádio A Tarde FM, o empresário relatou que o governador Rui Costa (PT) não tem se mostrado aberto a debater o assunto com a Prefeitura de Salvador nem a ouvir empresários do ramo de eventos e entretenimento para chegar a uma decisão sobre a festa.

"Nós sentamos com representantes da Prefeitura e eles disseram que estão esperando o governador definir. Só que ele pegou, saiu do estado, passou 14 dias fora, ele não senta, não recebe os empresários, ele não está recebendo o prefeito para poder definir. Ele apenas tá batendo o martelo".

Paganelli teme que a demora do Governo em trabalhar no assunto possa gerar uma evasão dos artistas, algo justificável pelo avanço das outras cidades sobre a realização do Carnaval.

"A Banda Olodum recebeu vários convites para sair de Salvador, só que João Jorge está segurando. Só que ele tem 160 pessoas que trabalham para ele que tem que receber salário. [...] Muitos blocos e muitos artistas não vão estar em Salvador, a Prefeitura está tendo dificuldade porque eles fizeram várias reservas, e muitos deles já cancelaram. Quem tinha 3 datas, 5 datas para Salvador estão diminuindo e vendendo para fora. Porque um bloco você não bota na rua de um dia para o outro".

O coordenador da festa garante ter um protocolo eficaz para a realização do Carnaval, com sistema de segurança, câmeras que medem a temperatura das pessoas e barreiras para entrar no circuito, e apela para o desemprego no estado que será intensificado com a falta do Carnaval em 2022.

"A Bahia está mal de emprego e renda, porque a demora aqui, a paradeira está demais. Tem que mudar o nome, é Papo Paradeira, Papo Desemprego, Papo Miséria, Papo Fome. Somos 200 empresários, mas são milhares de cordeiros, costureiras, vendedores ambulantes, taxistas, motoboys, é muita gente. O Governo da Bahia não deu nenhum apoio ao setor de eventos e hoje estamos sendo maltratados."

Fonte: Bahia Notícias

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