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O Palácio do Planalto impôs sigilo de 100 anos aos exames de anticorpos da Covid-19 feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta sexta-feira, 5.
Em nota enviada ao portal Metrópoles, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), a Presidência da República afirmou que a disseminação desses dados constituiria violação de "intimidade, vida privada, honra e imagem".
Bolsonaro já afirmou que não tomará vacina contra a Covid-19 em diversas ocasiões, apesar de também ter decretado sigilo de 100 anos sob seu cartão de vacinação. Em uma declaração, o presidente chegou a dizer que teria taxa de imunoglobina suficiente para proteção contra a doença.
“No tocante à vacina, eu decidi não tomá-la mais. Eu estou vendo novos estudos, eu estou com o meu, a minha imunização está lá em cima, IgG está 991. Para que eu vou tomar uma vacina? Seria a mesma coisa que você jogar na loteria R$ 10 para ganhar R$ 2. Não tem cabimento isso daí”, disse.
Em nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitou a tese de que testes de Covid-19 e níveis do IgG indicariam proteção vacinal.
"Não existe, até o momento, a definição da quantidade mínima de anticorpos neutralizantes – que evitam a entrada e a replicação do vírus nas células – para conferir proteção imunológica contra a infecção, reinfecção, formas graves da doença e novas variantes de Sars-CoV-2 em circulação. Por isso, os testes para diagnóstico não podem ser utilizados para determinar proteção vacinal. Ainda não há embasamento científico que correlacione a presença de anticorpos contra o Sars-Cov-2 com a proteção à reinfecção”, pontuou.
Fonte: A Tarde
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