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Eram divulgadas informações de data, hora e local onde seriam realizados os suicídios coletivos, segundo o Ministério Público do Estado do Ceará. Depois disso, a Promotoria da Infância e da Juventude instaurou um processo para acompanhar e apurar as informações coletadas.
A Delegacia da Criança e do Adolescente definiu o episódio como "ato infracional análogo ao crime de indução ou instigação ao suicídio". Os suspeitos já foram identificados e as oitivas estão sendo realizadas, segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social. No Código Penal brasileiro, a pena de reclusão varia de 6 meses a 6 anos, podendo ser duplicada se a vítima for menor.
O Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis e o Departamento de Inteligência Policial, da Polícia Civil, colheram depoimentos na última segunda-feira, 22.
A falta de políticas de controle das redes sociais e o uso desregulado por crianças e adolescentes podem potencializar casos de suicídio e automutilação, na opinião do presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará, professor Airton de Almeida.
"A gente percebe a dificuldade dos pais em questionar ou vigiar os filhos, pois estão sempre ocupados com o trabalho. As crianças e adolescentes, que não estudam em tempo integral, passam o restante do dia nas redes sociais, recebendo todos os tipos de informações", afirmou, em entrevista à Folha.
Ainda segundo Almeida, séries de televisão, jogos online e ideologia de gênero também colaboram com o espectro do comportamento suicida. "Sempre aparece uma coisa nova. Tem a série da batatinha frita 1, 2, 3 ("Round 6"), já teve o jogo da baleia-azul. Isso cria um martírio emocional nas nossas crianças", afirma o professor.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta o suicídio como a segunda causa de morte mais recorrente entre adolescentes e jovens no mundo.
Fonte: Correio 24h