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O presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou novamente, neste sábado (12/3), o reajuste dos combustíveis anunciado pela Petrobras e declarou que a empresa não tem sensibilidade com os brasileiros. O mandatário disse também que vai acionar o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para notificar os postos de combustíveis que não reduzirem os valores nas bombas.
“Resumindo, ontem [11/3] a Petrobras aumentou em R$ 0,90. Lamento, podia ficar mais um dia. A Petrobras demonstra que não tem qualquer sensibilidade com a população, é Petrobras Futebol Clube e o resto que se exploda”, disparou Bolsonaro, durante passeio em Luziânia, em Goiás.
Segundo o chefe do Executivo federal, algum parlamentar, sabendo do anúncio do reajuste, teria pedido à estatal que aguardasse a votação do pacote dos combustíveis no Congresso Nacional, na quinta-feira (10/3). O que não aconteceu. No mesmo dia, a Petrobras anunciou o aumento de 18,8% na gasolina e de 24,9% no diesel nas refinarias, além de 16,1% no gás liquefeito de petróleo (GLP). O reajuste começou a valer na sexta-feira (11/3).
Bolsonaro destacou que, se tivesse aguardado, “em vez de anunciar ontem R$ 0,90 o aumento do diesel, poderia ter anunciado R$ 0,30, com essa lei aprovada agora, sancionada, a partir de hoje menos R$ 0,60 o litro do diesel”. Segundo os cálculos do Ministério da Economia, o impacto será de R$ 0,33 por litro do diesel em relação ao PIS/Cofins e R$ 0,27 do ICMS.
“Não chegou a ordem para baixar R$ 0,60. Deverá ser comunicado. Vou entrar em contato com ministro de Minas e Energia e ver o que já foi feito para notificar pessoal que tem que baixar R$ 0,60 no preço do diesel. Equivale a uma parte do ICMS e todo imposto federal que zerei”, afirmou Bolsonaro, em frente a um posto de combustível, em Luziânia.
Neste sábado, a estatal afirmou que o reajuste de até 24,9% nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha vendidos às distribuidoras foi necessário para mitigar “riscos de desabastecimento”. A Petrobras declarou alegou ainda que o lucro da empresa registrado no ano passado, de R$ 106,6 bilhões, “pode parecer muito alto, mas não é”.
Por Marcelo Montanini / Metrópoles
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