Após auditores-fiscais do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRT-BA) encontrarem cinco adolescentes trabalhando em condições análogas à escravidão no clube (veja aqui), o presidente do Jacobinense, o ex-deputado estadual Felipe Manassés, afirmou que ele e a agremiação não possuem relação com o episódio.
"Não tenho nada a ver com o assunto, nem meu clube, nem minha pessoa. Isso foi respondido, a delegacia está investigando", afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias.
De acordo com nota do SRT-BA, Os auditores do órgão passaram a apurar as condições de trabalho dos jovens no interior e em Salvador após a prisão temporária de um técnico do Jacobinense, que foi acusado de assédio sexual com base nas investigações da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (DERCCA). Em visita ao alojamento, eles verificaram que as condições do local eram extremamente precárias e que os adolescentes vinham sofrendo cerceamento da liberdade de ir e vir, recebendo alimentação inadequada, além de ter sido observado carga de treinamento intensa, com, inclusive, atuação em diversas competições.
Os auditores também não encontraram nenhum contratado assinado pelos atletas em formação, seguindo a Lei Pelé. Eles não recebiam nenhum pagamento de bolsa auxílio e nem garantia de matrícula em unidade escolar. Os jovens foram resgatados e a SRT-BA vai providenciar as parcelas de seguro desempregado para as vítimas.
Fonte: Bahia Notícias
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