(Foto: Arisson Marinho/ CORREIO) |
Para mostrar que a solidariedade também corre nas veias, policiais civis e de outras forças de segurança que participam do Curso de Operações Táticas Especiais (Cote 8) fizeram um mutirão de doação de sangue para abastecer o estoque da Hemoba.
Ao todo, 50 integrantes do curso promovido pela Coordenação de Operações Especiais (COE) e a Academia da Polícia Civil (Acadepol) doaram um pouco de esperança, como descreve o investigador Mateus Rocha, ao falar do sentimento de poder contribuir com a sociedade.
“A Polícia Civil tem a premissa de servir e proteger, então esse ato é grandioso para toda a sociedade, uma iniciativa que eu desejo que todos possam realizar, pois é um ato de amor ao próximo. Me sinto orgulhoso, de estar servindo mais uma vez de forma honrosa a sociedade”, diz o investigador.
O coordenador do Cote 8, Douglas Piton, conta que essa é uma iniciativa voluntária dos policiais para comemorar a seleção no curso, que tem o objetivo de capacitar os policiais para operarem em ações de alta complexidade, incluindo as ocorrências de reféns.
“Após essa primeira fase do curso, que contou com etapas de avaliação documental e psicológica, teste físico e investigação social, os aprovados, por uma questão de agradecimento, resolveram realizar essa ação social na Hemoba, com o objetivo de auxiliar as pessoas que necessitam desse sangue, e é uma forma que a PC, cumprindo sua missão de proteger e servir, tem de demonstrar o apreço e carinho pela sociedade baiana”, detalha Douglas.
Cinquenta policiais doam sangue para celebrar participação no curso Cote 8 (Foto: Arisson Marinho/ CORREIO) |
O delegado Victor Espinola participou do curso e também fez questão de doar. Para ele, a iniciativa é uma responsabilidade dupla: defender e levar esperança para as pessoas. “Nós temos uma atribuição muito digna, que é defender a sociedade no nosso dia a dia como policiais, e nos aproximarmos da população com essa ação é muito gratificante. Todos aqui contribuíram e o sentimento que fica é esse mesmo: gratidão”, destaca o delegado.
A delegada-geral, Heloísa Campos de Brito, apoiou a iniciativa. “Apesar do foco no preparo para as aptidões inerentes ao COE, eles já iniciam o curso com essa indispensável filosofia que baliza nossa atividade diária: proteger e servir a nossa população. [Os policiais] começaram com o pé direito, fazendo essa boa ação”, comenta Heloísa.
De acordo com o assessor do gabinete da delegada-geral, o delegado Arthur Guimarães, a doação de sangue feita pelos policiais já ocorre tradicionalmente nos meses de março, mas poder doar em outros momentos é ainda mais importante.
"A Polícia Civil, sempre leva muito a sério o lema de proteger e servir realizando mais uma ação em conjunto com o Hemoba. Nós já temos um período tradicional de doação de sangue no mês de março, e agora estamos atendendo ao chamado do Hemoba no sentido do baixo estoque do sangue, e em razão do curso de operações especiais que estão sendo realizadas pela Polícia Civil, em que está se aperfeiçoando os profissionais, nada mais justo que doarmos mais um pouco do nosso sangue, da nossa dedicação, do nosso proteger e servir a sociedade”, aponta Arthur.
Margarete Mascarenhas, coordenadora de captação de doadores do Hemopa, celebra a atitude e fala do alto valor dessas doações. “Agradeço a Polícia Civil por essa contínua parceria com a Fundação Hemoba. O nosso objetivo é manter o estoque de sangue para evitar o desabastecimento. Com a chegada de vocês, um número significativo de candidatos, vai contribuir para que nenhuma cirurgia eletiva da rede pública seja cancelada”, comemora a coordenadora.
Fonte: Correio
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