Como a final da Libertadores pode interferir no 2º turno da eleição

Heuler Andrey/Getty Images

A grande final da Copa Libertadores da América, entre Flamengo e Athletico-PR, em Guayaquil, de alguma forma pode causar impacto no índice de abstenção do segundo turno da eleição presidencial no Brasil.

Isso porque o jogo será realizado no dia 29 de outubro, um dia antes do pleito, e, a priori, levará aproximadamente 60 mil torcedores para o Equador – entre cariocas e paranaenses – que já compraram pacotes para ver o último jogo do mais importante torneio de futebol da América do Sul.
Se levarmos em conta que esse contingente de torcedores só voltará para o Brasil no dia seguinte, já seria previsível dizer que isso contribuirá para atrapalhar a agenda de muita gente.

Mas não é só isso. Seja no Rio de Janeiro ou em Curitiba, o time que conquistar o título, com toda certeza vai aproveitar o domingo (30/10) para uma grande comemoração. No caso do Flamengo – que tem adeptos espalhados por todo o território nacional – será impossível conter a euforia.
Foi assim em 2019

Quando o Flamengo derrotou o River Plate, na épica final da Libertadores de 2019, o domingo, 24 de novembro, foi marcado por um desfile em carro aberto pelas ruas do Rio de Janeiro.

A Prefeitura preparou um esquema especial de trânsito, transporte, segurança e limpeza urbana para a festa dos Rubro-negros. Mais de 1 milhão de flamenguistas foram às ruas.

Pelos números da Prefeitura, foram cerca de 600 agentes, entre guardas municipais, controladores da CET-Rio e fiscais de estacionamento irregular da Coordenadoria de Fiscalização de Estacionamentos e Reboques (Cfer), além de equipes do Centro de Operações Rio (COR) e da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop). A operação começou às 6h, a partir do desembarque da delegação do Flamengo no aeroporto internacional Antônio Carlos Jobim até o deslocamento à Avenida Presidente Vargas, no Centro, onde ocorreu desfile em carro aberto.

Em resumo, esse é um cenário que deve se repetir, em caso de vitória do Flamengo. E se o campeão for o Athletico, algo semelhante a isso deverá acontecer em Curitiba. Para muitos fanáticos torcedores, a eleição provavelmente deixará de ser prioridade.

Menos mal que, nesses estados, não haverá 2º turno para governos estaduais. Ratinho Júnior (PSD) venceu no Paraná com 69% dos votos, e Cláudio Castro (PL) ganhou no Rio de Janeiro com de 58% dos votos.

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Fonte: Metrópoles

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