Parlamentares discutiam projeto na Câmara de Vereadores quando edil foi abraçada e beijada à força por colega/Reprodução/Câmara de Florianópolis Cadastrado por Yuri Abreu |
Uma vereadora foi vítima de assédio por um colega de parlamento durante uma sessão na Câmara Municipal quando os edis estavam em um processo de discussão de um Projeto de Lei.
Na oportunidade, ela foi abraçada e beijada à força pelo parlamentar. A cena foi flagrada pelas câmeras que transmitiam ao vivo a sessão
O fato aconteceu na quarta-feira (7), em Florianópolis, Santa Catarina, quando a vereadora Carla Ayres (PT), foi abordada pelo vereador Marquinhos da Silva (PSC).
Na imagem, é possível ver que o parlamentar a aborda puxando-a pelo braço e, ao ver sua recusa, se levanta, enquanto a vereadora tenta sair. Na sequência, ele a abraça por trás e beija seu rosto à força.
Após o caso, Carla publicou as imagens nas redes sociais, denunciando o caso de assédio. Ela também disse que vai fazer um boletim de ocorrência por importunação sexual e violência política de gênero.
"No dia em que aprovamos a Procuradoria da Mulher na Câmara Municipal de Florianópolis, mais uma cena de assédio que precisamos lutar para que não ocorra nas ruas e nos parlamentos do nosso país. Não é brincadeira se só um riu", escreveu a edil.
Inconveniente
Depois da repercussão do caso, Marquinhos da Silva se manifestou através de nota. No texto, o social-cristão se disse "triste pela notícia de acusação de assédio", mas admitiu ter abordado a vereadora "de maneira inconveniente, sem a sua autorização" e pediu desculpas.
"Reconheço meu erro em abordar a vereadora de maneira inconveniente, sem a sua autorização, e diante disso peço minhas sinceras desculpas a ela e a todas as mulheres que se sentiram ofendidas pelo meu ato", iniciou o edil.
"Ressalto que em nenhum momento agi de maneira mal-intencionada, porém, fui infeliz em invadir o seu espaço. Levarei essa atitude equivocada como um aprendizado, compreendendo essa situação e repudiando toda forma de assédio", completou.
De acordo com o G1, o presidente do PSC em Santa Catarina, Fábio Rezes, afirmou que um processo administrativo contra o político será aberto sobre o caso.
Além disso, a executiva nacional do PSC afirmou que acompanhará as investigações e que vai reforçar com o diretório estadual a abertura de sindicância.
No dia em que aprovamos a Procuradoria da Mulher na Câmara Municipal de Florianópolis, mais uma cena de assédio que precisamos lutar para que não ocorra nas ruas e nos parlamentos do nosso país. Não é brincadeira se só um riu! pic.twitter.com/2a8VytmG6X
— Carla Ayres (@carlaayres) December 7, 2022
Fonte: BNwes
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