Ex-candidato ao Governo da Bahia pede fim da Polícia Militar no Brasil

Ele propõe que a Polícia brasileira siga o padrão dos EUA, onde há o chamado "ciclo completo"/Alberto Maraux/ SSP Cadastrada por Letícia Rastelly

O modelo de militarização da polícia brasileira vem sendo alvo de diversas crítica e discussões. Quem se juntou a esse grupo, nesta quarta-feira (11), foi o ativista do movimento negro, cientista social, e Secretário de Comunicação do PSOL Bahia, Kléber Rosa.

O ex- candidato ao Governo da Bahia e investigador da Polícia Civil destacou que o Brasil é um dos poucos países do mundo que adota o modelo de militarização da polícia e ressaltou que o foco da ação policial deve ser a investigação criminal e não o paradigma de polícia pautada na ação bélica, no confronto. A declaração foi dada durante entrevista à Rádio Sociedade da Bahia, ao programa "Conexão Bahia", apresentado pela jornalista Silvana Oliveira.

Ainda em entrevista, o psolista citou como exemplo os Estados Unidos onde a polícia não é militarizada e tem como parâmetro o chamado "ciclo completo". "Precisamos de um modelo de segurança pública que tenha como foco a Polícia Civil e o trabalho de investigação criminal para aumentarmos o percentual de elucidação dos crimes e para combatermos de forma mais eficaz as grandes organizações criminosas", pontuou.

Ainda no comparativo com a polícia Americana, kléber explicou que lá o policial começa fazendo o trabalho ostensivo nas ruas, depois faz carreira e torna-se investigador, detetive: "o ostensivo fica a serviço da investigação. As pessoas se enganam quando vêm o uniforme e acham que é polícia militar".

O investigador relembrou ainda um PEC do senador Lindbergh Farias (PT), que defendia a desmilitarização. "A PEC de Lindbergh acabou ficando esquecida. Precisamos agora retomar esse debate sobre a importância de fazermos uma reestruturação da segurança pública no Brasil", defendeu o cientista, ressaltando a importãncia da participação popular nessa e em outras decisões realtivas ao universo público.

Fonte: BNews

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