Publicações falsas sobre supostos infiltrados e mortes inundaram as redes bolsonaristas após os ataques terroristas em Brasília - Imagem: Arte/UOL sobre Reprodução Redes Sociais |
Desde que golpistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e destruíram as sedes dos três poderes em Brasília no último domingo, bolsonaristas têm trabalhado em falsas narrativas para tentar desvincular o movimento das cenas de destruição deixadas em Brasília. Para isso, se valem de mentiras sobre falsos petistas infiltrados, que segundo eles, teriam sido responsáveis pela destruição, embora vídeos publicados pelos próprios golpistas e transmitidos ao vivo durante a invasão mostrem o contrário.
Como consequência, mais de 1000 pessoas foram detidas, entre os que estavam no acampamento golpista na porta do QG do Exército e os que participaram da ação terrorista. Nesse caso, começaram a surgir fake news sobre supostas mortes e tratamento degradante dado a idosos e crianças — idosos foram liberados pela PF, assim como adultos que estavam acompanhados de crianças. Não há registro de mortes no ginásio da sede da Academia da PF, onde se concentram os detidos. Essas mentiras chegaram a ser ventiladas pelo grupo que se autodenomina "Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil". Foi desmentida pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-DF, que visitou o local.
A reportagem do UOL também esteve na porta do ginásio da PF e constatou que os detidos têm acesso a três refeições diárias, além de atendimento médico. Também mantêm o acesso a seus celulares, por onde publicaram vídeos reclamando da comida. Veja as mentiras divulgadas por bolsonaristas: Falsas mortes em ginásio da PF Foto de banco da imagem. A foto de uma idosa que morreu em outubro de 2022 foi usada para disseminar a mentira de que ela teria morrido dentro do ginásio da PF. O boato foi desmentido pela Polícia Federal e a família de Deolinda Tempesta Ferracini, a mulher que aparece na foto, se manifestou sobre a mentira. A foto foi tirada de um banco de imagens.
Falsos infiltrados Não era sobrinho do Zeca do PT. Bolsonaristas também fizeram circular denúncias falsas de supostos "petistas" infiltrados nos atos terroristas. Publicações apontavam de forma errada que um homem barbudo e de óculos que aparece nas imagens do ataque às sedes dos três poderes seria o sobrinho do ex-governador do Mato Grosso do Sul Zeca do PT, Marcelo Heitor. A informação é falsa. Os dois não se parecem fisicamente, e Marcelo se pronunciou nas redes sociais. O golpista do vídeo não foi identificado. Publicitário estava em Araraquara. O publicitário Fernando Brondi foi apontado por bolsonaristas como sendo o homem que aparece em um vídeo dizendo que levou três tiros.
Fonte: Uol
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