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O STF reserva uma má notícia a Bolsonaro. Antes de 8 de janeiro, Alexandre de Moraes pretendia enviar parte do inquérito das milícias digitais antidemocráticas à primeira instância. Nos trechos sob análise, havia partes sensíveis ao ex-presidente da República.
Após os atos golpistas, contudo, Moraes reviu a intenção. Entre ministros do STF, passou a prevalecer a tese de que, com a invasão aos Três Poderes, não há como separar o que será julgado pela corte e o que irá para a primeira instância. A percepção é que há conexão entre os fatos.
Por essa ótica, por exemplo, o ataque de Bolsonaro às urnas eletrônicas, em julho de 2022, não pode ser dissociado da quebradeira em Brasília. Com isso, as investigações envolvendo o ex-presidente, no âmbito das milícias digitais, deverão permanecer com Moraes.
Essa apuração é a mais temida pelo entorno de Bolsonaro. Tanto que a operação Tabajara do senador Marcos do Val buscou justamente tirar Alexandre da relatoria.
Já outras investigações que não têm relação com os atos golpistas deverão ser encaminhados à primeira instância. Entre elas, a que apura cometimento de crime por Bolsonaro por ter associado a vacina contra Covid à Aids.
A Polícia Federal apontou, em 2022, que o então presidente incorreu em crime, mas não indiciou Bolsonaro justamente por conta do foro privilegiado.
Fonte: Metrópoles
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