Cinco trabalhadores são resgatados de trabalho similar ao escravo em carvoaria de Salvador

Trabalhadores são resgatados de trabalho similar ao escravo em carvoaria de Salvador — Foto: Cid Vaz/TV Bahia

Cinco trabalhadores foram resgatados em situação similar a escravidão, nesta quinta-feira (2), em um galpão de carvoaria, no bairro de Cassange, em Salvador. Segundo a Polícia Militar, 430 sacos de carvão sem o Documento de Origem Florestal (DOF) foram apreendidos na ação.

O resgate foi feito por equipes da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa). Os trabalhadores e o gerente do local foram encaminhados para a Central de Flagrantes, no bairro dos Barris.

Trabalhadores são resgatados de trabalho similar ao escravo em carvoaria de Salvador — Foto: Cid Vaz/TV Bahia

Em nota, a Superintendência Regional do Trabalho (SRT) informou que dois auditores fiscais foram ao local, ouviram os trabalhadores e avaliaram que a situação se caracterizou como trabalho similar à escravidão.

Trabalhadores são resgatados de trabalho similar ao escravo em carvoaria de Salvador — Foto: Cid Vaz/TV Bahia

Caso de Bento Gonçalves

O caso veio à tona na quarta-feira (22), quando três trabalhadores procuraram a polícia após fugirem de um alojamento em que eram mantidos contra sua vontade. Uma operação realizada no mesmo dia resgatou mais de 200 pessoas que eram submetidas a trabalho análogo à escravidão durante a colheita da uva.

Os trabalhadores foram contratados pela Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde Ltda, que oferecia a mão de obra para as vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi, Salton e produtores rurais da região. A maioria viajou da Bahia para o RS. Eles afirmam que eram extorquidos, ameaçados, agredidos e torturados com choques elétricos e spray de pimenta.

O administrador da empresa chegou a ser preso pela polícia, mas pagou fiança e foi solto. As vinícolas que faziam uso da mão de obra análoga à escravidão devem ser responsabilizadas, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A maioria dos trabalhadores resgatados chegou à Bahia nesta segunda-feira (27). Os demais optaram por permanecer no RS. Quase todos já receberam as verbas rescisórias a que tinham direito, em um valor que, somado, ultrapassou R$ 1 milhão.

Na terça-feira (28), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) suspendeu a participação das vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton de suas atividades. A ApexBrasil é um serviço social autônomo vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, NComércio e Serviços (MDIC), que promove os produtos brasileiros no exterior.

Fonte: g1 Bahia

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