Fernando Alves/Getty Images |
Depois da estreia com vitória no Brasileirão e na Libertadores, o Flamengo teve um leve choque de realidade, na manhã deste domingo (23/4), na derrota para o Inter, em Porto Alegre.
O argentino Jorge Sampaoli – irrequieto, rodando alucinadamente na área técnica – percebeu rapidamente que o Inter não era um Ñublense, contra quem o Flamengo festejou a estreia no Rubro-negro.
Fez 1 x 0 com um golaço de Gérson, mas sofreu uma virada incrível. Mais uma vez, o time pareceu cansado, sem preparo físico para suportar 90 minutos com a mesma pegada.
Não sei, sinceramente, qual é a lógica de marcar jogos às 11h da manhã. Ainda bem que os termômetros, em Porto Alegre, marcavam 21 ou 22 graus. Dá pra jogar tranquilamente, mas não é exatamente o ideal.
Me lembro de um Santos x Grêmio às 11h da manhã, que assisti na Vila Belmiro, alguns anos atrás, num período bastante quente na Baixada Santista. Um jornalista italiano que foi comigo fez um comentário que nunca esqueci:
“Isso parece a temperatura de Dubai”.
Foi um exagero, certamente, mas se estava desconfortável na arquibancada ou na tribuna de imprensa, imagine dentro de campo.
Então, nesse Inter x Flamengo, não há nem a desculpa de tempo quente para a baixa qualidade do futebol. No primeiro tempo, por exemplo, os goleiros Keiller e Santos nem foram incomodados, tão raras foram as jogadas de ataque das duas equipes.
Se serve como consolo, talvez seja preciso dizer que o Flamengo de Sampaoli brigou mais pela bola. É a nova ordem dentro do time: “perder uma bola é sinônimo de problemas”, repetiu o argentino insistentemente nos últimos treinos.
Mas, com esse choque de realidade, a sensação (e isso não é culpa do treinador) é que o Flamengo perdeu a “pegada”.
Fonte: Metrópoles
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