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O chefe da Federação de Futebol do Irã, Mehdi Taj, anunciou que as mulheres iranianas agora têm permissão para assistir a jogos de futebol nos estádios. Essa mudança histórica ocorre após décadas de proibição, desde a revolução islâmica de 1979.
Apesar de não haver uma lei na constituição iraniana que proíba as mulheres de assistir a jogos, a entrada delas nos estádios foi negada sob a justificativa de protegê-las da atmosfera masculina e da visão de atletas masculinos seminus, uma posição defendida pelos clérigos que exercem influência no país.
No entanto, Mehdi Taj anunciou que alguns estádios em cidades como Isfahan, Kerman e Ahvaz estarão "prontos" para receber mulheres durante a próxima temporada da liga de futebol de alto nível do Irã, que terá 16 times e começará em agosto.
Essa mudança já foi observada em ocasiões anteriores, como quando o clube Esteghlal de Teerã enfrentou o Mes Kerman e as mulheres foram autorizadas pela primeira vez a assistir a uma partida de futebol. Em outro caso, cerca de 4.000 mulheres puderam comparecer a uma partida das eliminatórias da Copa do Mundo de 2022 entre o Irã e o Camboja no Estádio Azadi, em Teerã, em 2019.
Essa decisão foi influenciada pela pressão e o movimento de protesto após a trágica morte de Sahar Khodayari, uma torcedora de futebol que se imolou em 2019 por medo de ser presa ao tentar assistir a um jogo disfarçada de homem. Khodayari se tornou um símbolo do movimento e sua história inspirou uma luta de quatro anos pela mudança.
Agora, as mulheres iranianas poderão desfrutar dos jogos de futebol nos estádios, marcando um marco significativo em termos de igualdade de gênero e liberdades individuais no país. Essa medida é um avanço importante para garantir a participação igualitária das mulheres no esporte e promover a inclusão em todos os aspectos da sociedade iraniana.
Fonte: A Tarde
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