Localizada no centro-norte do estado da Bahia, Jacobina é uma cidade rica tradição. Seu em nome história e vem da linguagem indígena 'campo vasto', por suas características geográficas com muitas serras e vales. Ao longo dos séculos, Jacobina passou por diversas transformações, tornando-se um importante centro urbano do interior baiano. Nesta sexta-feira (28/7), Jacobina comemora 143 anos.
Colonização e fundação
A história de Jacobina remonta ao período da colonização do Brasil. No século XVI, a região foi explorada por bandeirantes em busca de Ouro e pedras preciosas. Foram os primeiros povoadores da região Melchior Dias Moreira, Antônio Brito Correia e, mais tarde, os Guedes de Brito. acompanhados Estes de últimos, vários colonos e escravos, dedicaram- se a agricultura e à criação de gado.
Em 1707, garimpeiros descobriram ouro nas terras da atual cidade, atraindo centenas de aventureiros e colonos. povoamento da área cresceu rapidamente, e, em 1722, foi construída uma capela dedicada a São Roque, marco da fundação de Jacobina.
Ao inteirar-se dos bons resultados da mineração, a Coroa Portuguesa, em 1722, elevou o povoado à categoria de vila, com o nome de Vila de Santo Antônio de Jacobina e sede na Missão de Nossa Senhora das Neves do Saí, aldeia indígena fundada por franciscanos em 1697.
Desse lugar foi a sede 1724 para a transferida em Missão do Bom Jesus da Glória, outra aldeia de índios, também fundada por franciscanos, em 1706, e que ali construíram a igreja e o convento do Bom Jesus da Glória. Em 1726, por Provisão do Conselho Ultramarino, de 13 de maio, o governo da Metrópole mandou criar uma casa de fundição em Jacobina, instalada a 5 de janeiro de 1727. O resultado foi surpreendente, arrecadando-se em dois anos cerca de 3.841 libras de ouro.
Ciclo do Ouro
Com a descoberta de ouro nas suas terras, Jacobina viveu o seu apogeu durante o século XVIII. A mineração tornou-se a principal atividade econômica da região, atraindo mineradores de várias partes do Brasil e do mundo. Esse período áureo deixou um legado cultural significativo, com a construção de igrejas, casarões e monumentos que ainda se preservam até os dias atuais.
Abolição da escravatura e transição econômica
Com o declínio da produção de ouro no século XIX, a economia de Jacobina passou por mudanças significativas. A abolição da escravatura em 1888 também impactou a região, que precisou se adaptar a novas a novas formas de trabalho. A agricultura e a pecuária ganharam destaque, e o cultivo de café, algodão e a criação de gado passaram impulsionar a economia local.
Geografia e cultura
Jacobina está situada em uma região de grande beleza natural, com serras, rios e cachoeiras que encantam moradores e visitantes. Além disso, a cidade possui uma rica cultura popular, com festas tradicionais, danças típicas folclóricas e manifestações revelam a que identidade do povo jacobinense.
Evolução urbana desenvolvimento
Ao longo do século XX, Jacobina experimentou um crescimento urbano notável. A cidade modernizou, e se setor de serviços e comércio ganhou destaque, diversificando a economia proporcionando e mais oportunidades de emprego. Investimentos em infraestrutura, educação saúde também e contribuíram para a melhoria da qualidade de vida da população.
Patrimônio histórico
Preservando sua rica herança histórica, Jacobina conta com um valioso patrimônio arquitetônico. Diversos prédios coloniais, como igrejas e casarões, foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e são símbolos importantes da memória da cidade.
A lenda de Jacobina
Reza a lenda que a cidade foi palco de um grande amor, entre o índio Jacó e a índia Bina, e que daí veio o nome Jacobina. Outra lenda há sobre uma cachoeira, que fica a cerca de 3 km do centro da cidade, onde os dois índios teriam se beijado pela primeira vez. À essa cachoeira foi dada o nome de Cachoeira dos Amores.
Jacobina
A cidade de Jacobina é um exemplo de como a história pode moldar o presente e futuro de uma comunidade. Com sua trajetória de riqueza mineral, superação de desafios e preservação de sua cultura, Jacobina se destaca como uma cidade que valoriza suas raízes, ao mesmo tempo que busca o desenvolvimento e o progresso.
Informações do Museu Histórico de Jacobina, IPHAN, Biblioteca Nacional, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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