Homem que perdeu três filhos para câncer morre no Dia dos Pais no Ceará


O corretor de imóveis Régis Feitosa Mota, 53 anos de idade, que perdeu os três filhos para o câncer em um intervalo de apenas quatro anos, morreu neste domingo, 13. Régis teve três diagnósticos também de câncer entre 2016 e 2023, o último foi confirmado em janeiro deste ano. Os três filhos do corretor morreram em um intervalo de quatro anos.

"Nosso guerreiro foi ao encontro dos filhos exatamente no dia dos pais. Que Deus o tenha, meu irmão! Te amamos muito!", publicou Rogério Feitosa Mota, irmão do corretor de imóveis.

No início deste ano, ele havia sido diagnosticado com a doença mieloma múltiplo, em que as células se multiplicam rapidamente e tornam-se cancerígenas.

Ele era portador da síndrome de Li-Fraumeni, condição hereditária que aumenta em até 90% as chances de desenvolvimento de tumores no corpo até os 70 anos.

Beatriz era filha caçula de Régis, mas faleceu em 2018, com 10 anos, quando foi diagnosticada com leucemia linfoide aguda. Ela ainda chegou a passar por um transplante de medula, porém, meses depois, a doença voltou.

Já o outro filho foi Pedro, de 22 anos. O jovem teve cinco episódios de câncer, mas, em 2020, descobriu um tumor no cérebro e faleceu.

A perda mais recente de Régis foi Anna Carolina, de 25 anos. Na infância, ela lutou contra a leucemia e resistiu. No entanto, em 2021, descobriu um tumor no cérebro. Em novembro de 2022, Anna Carolina faleceu.

Ao todo, ele e os filhos receberam 12 diagnósticos para a doença.

O que é a síndrome de Li-Fraumeni?
A síndrome de Li-Fraumeni é uma doença hereditária de predisposição ao câncer. Dessa forma, as pessoas diagnosticadas possuem um risco muito maior de desenvolver diversos tipos de câncer, independente da idade.

A doença ocorre devido a uma alteração no gene TP53, um gene supressor tumoral. Porém, vale ressaltar que a doença por si só não provoca sintomas. Além disso, não tem tratamento.

Por se tratar de uma doença hereditária, é comum que ocorra em várias pessoas da mesma família. Quando alguém com a síndrome tem um filho, há 50% de risco desse filho também nascer com a condição.

As informações são do Jornal O Povo.

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