Diretor do Hospital Regional explica novo funcionamento da unidade

 

       Após concluídas as reformas, a unidade passará de 68 para 86 leitos.

A reportagem do TR conversou com o diretor administrativo do Instituto Nossa Senhora da Vitória, João Almeida, responsável pelos serviços administrativos e de saúde do Hospital Regional Vicentina Goulart, após a estadualização da unidade. O diretor explicou o novo funcionamento do hospital, como está ocorrendo a admissão dos pacientes e quais investimentos foram feitos para melhorar a prestação de serviço à população.

TR – Quais serviços estão sendo prestados pelo hospital e como tem funcionado o atendimento ao público?

João Almeida – Hoje nós estamos com UTI, clínica médica, clínica cirúrgica, obstetrícia e pediatria. O Hospital está de portas abertas para os pacientes relacionados à obstetrícia. As outras questões são atendidas via regulação do município.

TR – Quantos profissionais estão atuando na Unidade?

João Almeida – No total, estamos com 229 profissionais. A gente tem uma determinação para que sejam absorvidos o máximo possível de profissionais da região, e temos algo em torno de 96 % dos colaboradores da gestão anterior, no caso, o Instituto Vida Forte. Obviamente que houve um processo seletivo e nós usamos todos os critérios técnicos para que isso ocorresse. A tendência é que no futuro haja mais contratações a partir do momento que formos introduzindo novos serviços e liberando as áreas da estrutura que estão em reforma.

TR – Como o Instituto planeja melhorar a qualidade do atendimento médico e hospitalar para os pacientes da região de Jacobina?

João Almeida – Bom, a gente começa a melhorar a partir do momento que a gente contrata um RH (Recursos Humanos) qualificado. A gente trabalha com pessoas com qualificação profissional, com os melhores e mais modernos equipamentos disponíveis no mercado. Além disso, tem toda uma parte de humanização que a gente preconiza e que é o nosso perfil e o perfil da secretária da Saúde do Governo do Estado, Roberta Santana. É um serviço humanizado, que acolhe o paciente e oferece plenas condições para a recuperação deles.

TR – Quais os principais desafios encontrados e como o Instituto planeja enfrentá-los?

João Almeida – Nós encontramos o Regional Vicentina Goulart em péssimas condições, em termos estruturais, em termos físicos, em termos de equipamento, com exceção das reformas na Sala de Imagem iniciadas pela atual gestão do município. Inicialmente, algumas obras estão em andamento para adequar e oferecer as condições necessárias para atendimento. As condições eram ruins, um ambiente insalubre, e nós tivemos que intervir fortemente, com investimentos provenientes do Governo do Estado para reverter esse cenário.

TR – Quais são as medidas que o Instituto tem adotado para garantir a eficiência operacional e financeira do hospital?

João Almeida – Bom, nós partimos da premissa de que todos que estão aqui, neste momento, estão engajados na luta de tirar o Hospital Vicentina Goulart do cenário em que estava. A medida inicial é mudar toda uma cultura organizacional etrazer paraos nossos colaboradores uma nova consciência em termos de saúde. O Estado é muito rigoroso e nós, como parceiro do Governo do Estado, seguimos todas as regras e protocolos médicos sanitários para que isso ocorra. O nosso foco é garantir segurança aos nossos pacientes, como também, ao nosso colaborador.

TR – Como o Instituto pretende melhorar a infraestrutura e as instalações do Hospital Regional Vicentina Goulart?

João Almeida – Estamos fazendo as primeiras reformas e já chegamos na fase final do que chamo de pontos críticos do hospital. E quais são os pontos críticos? UTI, centro cirúrgico, semi-intensiva, sala de
finalizada. Depois, virá a segunda fase, em que haverá a reforma de todo o hospital, com aumento do leito de 68 para 86 leitos. Já a terceira e última fase é a da ampliação, que nós vamos começar futuramente. Mas, agora, estamos mesmo focados em solucionar o que consideramos ser os pontos mais críticos. Os equipamentos estão chegando, temos um laboratório completamente novo, em termos de equipamento, que não deve a nenhum hospital particular da capital. Estamos construindo, juntamente, em uma Parceria Público Privada (PPP), o centro de bioimagem, onde terá exames de ressonância, mamografia, densitometria, raio-x, enfim, algo que essa região nunca viu antes acontecer! Então, o Governo do Estado, juntamente com a secretária Roberta, o senhor Igor Lobão, nosso superintendente, estão todos com toda boa vontade e olhares voltados para Jacobina e região.

TR- Como ocorreu a transição da gestão do hospital do Município para o Estado e como o Sr. avalia o processo de estadualização ocorrido em Jacobina?

João Almeida – Bem, foi uma transição muito tranquila. A gestão do prefeito Tiago Dias foi muito acessível na troca de informações que precisávamos para este processo. O Governo do Estado, através da PPP, Parceria Pública Privada, nos fez esse convite, depois de participarmos da licitação, e o INSV, o Instituto Nossa Senhora da Vitória, teve o interesse de fazer essa recuperação, através dessa parceria com o Governo do Estado. Então nós estamos em uma fase de crescimento, e achamos que Jacobina seria um polo importante de saúde e atrativo para todos nós, enquanto Governo do Estado e iniciativa privada. O INSV já atua como Organização Social na administração de outros hospitais em Sergipe, com o Hospital Laranjeiras. Aqui na Bahia, administramos o Hospital de Itaberaba e a Policlínica de Feira de Santana. Temos hospitais também no interior de São Paulo, toda a Baixada Fluminense e na cidade de Betim, em Minas Gerais. Ou seja, somos uma OS com tradição na administração hospitalar, com cerca de 5 mil colaboradores em todas essas praças.

TR – Quais são as perspectivas de futuro quanto à prestação de serviço em Saúde à população?

João Almeida – Nós temos todo o interesse de manter essa parceria com o Governo do Estado aqui em Jacobina e auxiliar o município nas suas questões de saúde, assim como, o senhor governador Jerônimo Rodrigues, que no sábado retrasado (dia 09), assinou uma Ordem de Serviço para a construção do Hospital Territorial em Jacobina. Então, os senhores veem que o Governo do Estado está muito sensível à saúde de Jacobina e de toda a macrorregião centro-norte. Não tenho dúvidas de que faremos de Jacobina um polo de saúde importante para toda essa população.


*Reportagem de Rafhael Nobre

Fonte: Tribuna Regional

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem