Mulher queria "descontar a raiva que estava do marido" e acabou matando a filha a facadas |Pixabay |
Uma mãe matou a própria filha, de apenas 1 ano, com golpes de faca, nesta quinta-feira (26), em João Pessoa, na Paraíba. De acordo com a polícia, a mulher cometeu o crime por não aceitar o fim do relacionamento com o marido. A suspeita foi autuada em flagrante por infanticídio.
Ao g1, o delegado que cuida do caso, Diego Garcia, revelou que a mulher assassinou a filha para "descontar a raiva que estava do marido". "Em 12 anos de polícia, eu confesso que foi uma das cenas que mais me causaram repulsa pela quantidade de ferimentos nessa criança, em seu leito de dormir, que era um berço", disse.
A menina foi encontrada ao lado do merço, ensanguentada, com a faca utilizada no crime ao seu lado.
A mulher foi autuada em flagrante por infanticídio e passará por audiência de custódia nesta sexta-feira (27). Vizinhos do casal também foram intimados para prestar depoimento.
Fim do relacionamento
Através de mensagens em aplicativos de mensagens exibidas pela TV Cabo Branco, o homem dizia que queria "paz na vida", além de afirmar que estava "cansado de briga besta, do ciúme e de egoísmo". (Leia abaixo)
Em outra troca de conversas, o homem disse que iria continuar auxiliando a mulher e a filha financeiramente. "Vou lhe mandar 200 [reais] por semana pra ajudar nas despesas. E pegar Julia [a filha do casal], de 2 em 2 semanas pra ficar comigo”, escreveu.
Além disso, disse que entregaria a chave do apartamento onde morava com a mulher na sexta-feira (27). "Acabou o amor com suas atitudes, melhor cada um seguir seu caminho. E vamos ser amigos”, digitou em outro momento.
Em outro momento, a suspeita pediu que o homem retornasse para casa. “Desculpe, eu te amo, vou dividir tudo, vem aqui, lhe amo, não faça isso comigo, me perdoa”, escreveu ela. O homem, no entanto, a bloqueou no aplicativo.
Reprodução/TV Cabo Branco |
De acordo com o delegado, o corpo da criança e a suspeita serão periciados. Além disso, a mulher também passará por uma análise psicológica.
"Temos que ter muito cuidado com a palavra ‘surto’, porque às vezes uma pessoa de má-fé usa justamente disso para se defender, ‘justificar’ o cometimento do crime. Então é preciso que laudos periciais, que provavelmente o IPC provavelmente vai trabalhar nesse sentido, se dedique a comprovar se essa mulher possui alguma deficiência mental que poderia levar a este crime, mas aparentemente, ao meu ver, a olho nu, não tem nenhum sinal de surto”, informou.
Fonte: BNews
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