Coronel Paulo Coutinho reage após desembargador dizer que PM "tem que acabar"

Paulo Coutinho publicou nota no Instagram | Domingos Júnior/BNews/Reprodução

O Comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo Coutinho, publicou, nesta quinta-feira (2), uma nota de repúdio direcionada a um desembargador que viralizou em um vídeo onde pede pelo fim da Polícia Militar.

A declaração polêmica foi dada pelo desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), durante um julgamento ocorrido na quarta-feira (1º).

"Para mim, tem que acabar com a Polícia Militar de Goiás e instituir uma forma diferente na área de investigação e da repressão a crimes", declarou o homem.

Em seu Instagram, Coutinho, que também é presidente do Conselho Nacional dos Comandantes-Gerais das Polícias Militares, declarou repudiar a fala do desembargador.

"Tal afirmação, sobretudo pela elevada condição ocupada pelo seu autor, não obstante reflita exclusivamente o seu posionamento pessoal, revela total distanciamento da realidade fática existente no país", diz parte da nota.

"As Polícias Militares, presentes em todo o terrítorio nacional, conforme preceitua a Constituição Federal, são organizações essenciais ao funcionamento das instituições e garantidoras (...) que, direta ou indiretamente, colaboram para minimizar conflitos e gerar a sensação de segurança que a sociedade almeja", completa.

Confira a nota na íntegra:

"O CONSELHO NACIONAL DOS COMANDANTES-GERAIS DAS POLÍCIAS MILITARES
- CNCG-PM, colegiado que reúne todos os comandantes de Polícias Militares em exercício, vem a público repudiar, veementemente, o reprovável comportamento do Sr. Adriano Roberto Linhares Camargo, desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás - TJGO, o qual, na data de ontem, durante a realização de audiência daquela prestigiosa Corte de Justiça, afirmou que: "... tem que acabar a Polícia Militar...".

Tal afirmação, sobretudo pela elevada condição ocupada pelo seu autor, não obstante reflita exclusivamente o seu posionamento pessoal, revela total distanciamento da realidade fática existente no país.

As Polícias Militares, presentes em todo o terrítorio nacional, conforme preceitua a Constituição Federal, são organizações essenciais ao funcionamento das instituições e garantidoras, por via de consequência, do Estado Democratico de Direito, desempenhando, por vezes, várias outras atribuições não adstritas à sua missão constituional que, direta ou indiretamente, colaboram para minimizar conflitos e gerar a sensação de segurança que a sociedade almeja.

Neste azo, o CNCG-PM, na certeza de que a infeliz atitude ora retratada não condiz com o sentimento reinante no âmbito da magistratura pátria, o que é corroborado pela imediata manifestação do Poder Judiciário goiano, representado pelo presidente da Corte, reconhecendo o elevado conceito e os serviços prestados pela Polícia Militar, reafirma o compromisso das corporações com a defesa intransigente da ética e decoro entre os seus integrantes, não coadunando com condutas que atentem contra a hierarquia e a disciplina militares".

Fonte: BNews

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