Fabrica GM Gravatai - Onix Imagem: Divulgação. |
A General Motors anunciou hoje (24) um novo ciclo de investimentos no mercado brasileiro. A empresa, responsável pela marca Chevrolet, injetará R$ 7 bilhões até 2028.
O anúncio foi feito em Brasília (DF), após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o alto escalão do governo federal, e contou com a participação do presidente internacional da GM, Shilpan Amin. Também participaram o presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro, e o vice-presidente Fábio Rua.
"Hoje conversei com o presidente da General Motors International, Shilpan Amin, e o presidente da empresa para a América do Sul, Santiago Chamorro, sobre a primeira fase do novo plano de investimentos da empresa no Brasil, no valor de R$ 7 bilhões até 2028", publicou Lula na rede social X, antigo Twitter.
Ainda não há detalhes sobre quais produtos serão fabricados no Brasil com esse aporte, mas foi confirmado que toda a gama atual será atualizada. A direção mundial da GM já anunciou diversas vezes que o foco da companhia, ao menos nos Estados Unidos, serão os veículos elétricos, devido a questões ambientais.
"O Brasil tem um potencial muito forte para veículos elétricos, com minérios para a fabricação de baterias. E a demanda e a curiosidade do consumidor está por aí. Não falaria nem sim ou não, mas esse mercado tem potencial', afirmou Chamorro em entrevista coletiva.
GM. Além de ser um polo exportador de veículos para a América do Sul, conta com um amplo centro de desenvolvimento de engenharia e é um mercado com alto potencial de crescimento", complementou Amin.
Investimento global em elétricos.
Atualmente, a montadora norte-americana não produz nenhum veículo elétrico ou híbrido no mercado brasileiro. A GM vende aqui, com a marca Chevrolet, os modelos 100% elétricos Bolt EV e Bolt EUV, que são importados.
Em 2021, a CEO global da GM, Mary Barra, anunciou que a empresa fabricará apenas carros elétricos a partir de 2035- com planos que incluiriam o Brasil - e o lançamento de 30 modelos elétricos.
A executiva, porém, admitiu em reunião com acionistas no ano passado que estar "decepcionada, mas otimista" com a venda de veículos elétricos, em especial nos EUA - de acordo com informações do site Autoweek.
Demissões e permanência no Brasil
Durante a coletiva, executivos da GM também mencionaram o PDV (Plano de Demissões Voluntárias) realizado pela montadora no fim do ano passado, com o objetivo de desligar cerca de 1,2 mil funcionários das fábricas instaladas em São Paulo (situadas nos municípios de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes).
O PDV foi precedido por uma greve de 17 dias entre outubro e novembro de 2023 - antes da paralisação, a Justiça do Trabalho havia suspendido demissões já anunciadas pela General Motors.
No evento em Brasília, o vice-presidente Fábio Ruas disse que as demissões foram "pontuais" e enfatizou que as operações da empresa no Brasil permanecerão.
"As demissões foram feitas em uma conjuntura específica para ajuste na nossa produção. Pontuais e com dor no coração, mas a previsão da GM é de continuar investindo e crescendo", afirmou o executivo.
Seis lançamentos confirmados para 2024
Presidente da operação local da General Motors, Santiago Chamorro voltou a mencionar que haverá seis lançamentos da Chevrolet no mercado brasileiro ao longo deste ano. Essa informação já era pública, mas somente agora a GM revelou que as novidades de 2024 integram o investimento bilionário anunciado nesta quarta-feira.
"São seis lançamentos para este ano em 2024. Já anunciamos Blazer e Equinox EV [versão totalmente elétrica do SUV médio], além da nova Spin, que vem carregada de novidades. Temos outros três que ainda não posso revelar, mas todos fazem parte do ciclo anunciado aqui"
O executivo disse, ainda, que, ao menos em nosso mercado, onde o etanol é uma alternativa real de mobilidade mais limpa e sustentável, a eletrificação total não será o caminho a ser seguido nos próximos anos.
"Estamos no ambiente de dar ao nossos clientes a oportunidade de testar as tecnologias. Hoje não acreditamos que seja apenas uma solução e temos que levar em consideração a vantagem ambiental de cada uma".
Fonte: Uol
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