Samir Tuffy é filho de Samir Oliveira da Cantina da Matriz e de Joana Angélica, da Hidroginástica de Jacobina |
A Galeria de Artes do Centro Municipal de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho de Caxias do Sul/RS, recebe a exposição “Mel de Cabaú” do fotógrafo e publicitário Jacobinense Samir Tuffy. A exposição que teve início no dia 01 segue até o dia 31 de março, às 19h, através de uma visita guiada com o fotógrafo, além de contar com acompanhamento de intérpretes de Libras.
“Mel de Cabaú” é uma meticulosa exposição fotográfica em preto e branco que visa imortalizar o espetáculo teatral ao ar livre mais grandioso do mundo, conforme descrito pelo folclorista Luís da Câmara Cascudo: “o maior espetáculo de teatro a céu aberto do mundo!” Este projeto nasce da necessidade de documentar essa expressão cultural profundamente enraizada e significativa.
Uma vez por ano, no segundo domingo de outubro, ocorre um encontro único em Laranjeiras, Sergipe. É a fusão dos Brasis, do Brasil colonial ao atual, do Brasil indígena e escravocrata. Uma encenação mágica transporta uma batalha histórica para os tempos atuais, lembrando-nos da importância de conhecer e preservar a História.
Estudantes, trabalhadores e pessoas de todas as idades e ocupações se transformam em personagens dessa batalha. Lambe-sujos e Caboclinhos, ao som dos maracatus, protagonizam um confronto que atrai visitantes e pesquisadores de todo o mundo para Laranjeiras, conhecida como um polo cultural de Sergipe. Essa batalha mágica representa os conflitos entre indígenas e negros, quando os primeiros eram convocados para capturar escravizados fugitivos em quilombos, em troca de recompensas materiais.
Os Lambe-sujos, representando os negros, pintam seus corpos com tinta do mel de cabaú, vestindo calções e gorros vermelhos, empunhando foices de madeira, símbolo de seu trabalho nos canaviais. Os Caboclinhos pintam seus corpos com tinta xadrez vermelha, usando cocares, saias de penas e adornos de pulseiras e colares, portando arcos e flechas.
As fotografias, capturadas em preto e branco, exaltam a emoção crua e a intensidade desta celebração anual. O preto e branco permite uma abordagem mais intensa e dramática ao assunto, destacando o contraste e a profundidade das expressões dos participantes, e enfatizando a persistência e resistência que a festa representa.
“Nesta exposição, convido você a mergulhar nesse universo, testemunhando a história viva por trás dessas representações e explorando a riqueza cultural que envolve esse encontro único,” destaca Samir Tuffy.
Na abertura com o fotógrafo Samir estará realizando uma oficina chamada “Eu chorei, todos chorou”. A proposta do encontro é realizar um cortejo dentro da Galeria de Artes do Centro de Cultura Ordovás, com instrumentos de percussão, buscando recriar a principal canção dessa manifestação, ensinando, de forma prática, para que todos possam participar.
A oficina tem vagas limitadas, e o público poderá se inscrever de forma gratuita até o dia 22 de março, através da UAV DIGITAL (https://sites.google.com/view/uavdigital).
A exposição tem classificação indicativa livre, tem rampa de acesso e pode ser visitada gratuitamente até o dia 31 de março, nos seguintes horários: segundas, das 9h às 16h30min; terças a sextas, das 9h às 22h; sábados, domingos e feriados, das 14h às 22h. O Centro de Cultura fica na Rua Luiz Antunes, 312, no bairro Panazzolo.
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