Foto: Ricardo Stuckert/PR |
Políticos que integram o círculo mais próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e estiveram ao lado dele durante a cerimônia de inauguração do Hospital Regional Costa das Baleias na sexta-feira (10), em Teixeira de Freitas, ficaram animados com os resultados dos recentes monitoramentos do Palácio do Planalto sobre a imagem do governo federal junto ao eleitorado. Segundo aliados do petista com acesso aos altos escalões da Presidência, os números das últimas pesquisas para consumo interno e as análises referentes ao atual fluxo de postagens nas redes sociais detectaram crescimento da popularidade de Lula acima da margem de erro, a reboque da sua atuação na catástrofe que afeta duramente o Rio Grande do Sul.
Bate-papo na coxia
Os dados relativos à avaliação do presidente na segunda semana de maio dominaram boa parte das conversas de bastidor entre integrantes da base governista presentes ao evento no extremo-sul da Bahia. Em linhas gerais, a tese é de que a curva positiva na popularidade de Lula, indicada nos novos levantamentos quantitativos e qualitativos encomendados pelo Planalto, reflete a percepção dos brasileiros sobre a postura do petista diante da crise humanitária enfrentada pelo maior estado do Sul do país.
Além da linha vermelha
"Há aspectos que chamam a atenção nas sondagens. Sobretudo, o grande percentual de cidadãos que enxergam Lula como um governante presente e disposto a superar rivalidades políticas em momentos difíceis. As medidas anunciadas in loco para ajudar os gaúchos, a exemplo de repasses volumosos da União e apoio irrestrito na reconstrução de cidades devastadas pelas chuvas - inclusive, escalando publicamente ministros para agilizar o socorro - foram muito bem avaliadas. Até mesmo por eleitores de Eduardo Leite (governador do Rio Grande do Sul e cardeal do PSDB)", destacou um influente aliado do petista consultado pela Metropolítica.
Fora da bolha
O monitoramento voltado a esquadrinhar a imagem atual do presidente sinalizou também o aumento da aprovação do governo na chamada "direita light", fatia do eleitorado que, embora não simpatize com a gestão petista, está longe do alinhamento automático ao bolsonarismo puro-sangue. "Esse contingente foi essencial para a vitória de Lula em 2022", afirmou um parlamentar que compõe a linha de frente da base aliada da Bahia. "Nas redes, as análises revelaram apoio maiúsculo à postura dele na crise fora da bolha que reúne militantes da esquerda. Isso é bastante significativo. Ainda mais porque a popularidade do presidente nunca teve distância elástica desde o início do terceiro mandato ", emendou.
Análise combinatória
Em compasso simultâneo, as pesquisas internas sobre o desempenho do governo federal no Rio Grande do Sul favorecem Lula no comparativo com o ex. "Mesmo no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde a direita conservadora tem muita força, os números que vi mostram um claro entendimento de que o quadro estaria pior se o presidente fosse Bolsonaro. Creio que esse sentimento tem origem na forma como o ex-presidente agia em situações de calamidade, a exemplo das chuvas na Bahia ano retrasado e a própria pandemia", argumentou integrante da comitiva de Lula em Teixeira de Freitas.
Fonte: Metro 1
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