Líder comunitário é executado com ao menos 10 tiros


Carro onde estava líder comunitário ficou cravejado de balas Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Um líder comunitário, identificado como Paulo Sérgio do Nascimento Barbosa pela Polícia Civil (PC), foi executado na noite de segunda-feira (29), na localidade do Fuísco, no bairro de Macaúbas. O crime aconteceu na Travessa do Golfo, onde ficou o veículo da vítima ficou cravejado de balas. Ao todo, considerando parabrisa, vidros laterais e chaparia, o carro tinha 10 perfurações de tiros.

Segundo testemunhas, a vítima, que tinha 51 anos, estava estacionando seu veículo quando foi abordada por um grupo de homens. Logo depois, houve os disparos. Nas ruas da localidade, moradores confirmaram as informações, acrescentando que ele foi pego de surpresa no momento em que foi alvo dos disparos e não teve como reagir.

"Paulinho estava estacionando mesmo, quando um cara chamou ele para conversar. No momento em que um estava conversando com ele, outro começou a atirar e deram vários tiros. Não teve chance nenhuma dele sair ou escapar. Atiraram sem pena para não ter risco dele sobreviver", relata uma testemunha, sem querer se identificar.

Apesar do veículo ter ficado com vários buracos de bala, o interior do carro não apresentava marcas de sangue. Sobre a motivação e autoria, a PC informou que serão investigadas após perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Os moradores da região ressaltaram que Paulo era querido no bairro e que não imaginam o que pode ter motivado o crime.

"Era uma pessoa boa, correria. Não fazia mal a ninguém e muito trabalhador. Já vi fazendo trabalho de ajudante de pedreiro, inclusive. Fazia de tudo um pouco para cuidar da família e, por isso, era muito considerado no Fuísco. Ele deixou dois filhos para trás, infelizmente", lamenta uma moradora.

Segundo um outro morador, que também está assustado e não quer se identificar, afirma que Paulo estava trabalhando com divulgação em um período recente. "Ele divulgava bandas de pagode, tanto que no carro dele tem o som em cima. Porém, era um líder comunitário aqui no Fuísco e brigava pelas coisas para a comunidade. Não sei se ele acabou incomodando alguém com o trabalho que vinha fazendo", fala o morador.

Ele detalha ainda que, anos atrás, o irmão de Paulo teria sido assassinado no bairro. O crime, de acordo com ele, segue sem solução até hoje. Apesar do corpo de Paulo ter sido removido do local, o veículo dele segue parado na Travessa do Golfo. A área, segundo moradores, costuma ser tranquila, o que fez o crime deixar todos assustados.

Fonte: Correio

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