Senadores anunciam pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes

Expectativa é que documento seja protocolado no dia 9 de setembro - Foto: Antonio Augusto | STF

Os senadores de oposição anunciaram nesta quarta-feira, 14, um novo pedido de impeachment ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A decisão dos congressistas, que também contou com apoio de deputados federais, foi comunicada pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), em coletiva de imprensa.

“Não é questão de ser de oposição, é questão de defender verdadeiramente a democracia do Brasil, de respeitar a lei. Na conversa que nós tivemos ontem pela manhã, elencamos uma campanha nacional a partir de deputados e senadores. [...]”, disse Girão.

E continuou: "Tenho postura desde que cheguei aqui de posicionamento sobre eventuais abusos no judiciário. Não é questão de ser de direita ou de esquerda, ligado a um partido ou outro. Precisamos caminhar pela verdadeira democracia".


O anúncio acontece um dia após vir à tona que o magistrado usou o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para auxiliar nas justificativas de decisões contra a tropa de choque bolsonarista no inquérito sobre a divulgação de notícias falsas, de acordo com informações divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

A expectativa é que o documento seja protocolado no Congresso Nacional no dia 9 de setembro. Durante pronunciamento, o cearense relembrou que este não é o primeiro pedido de impeachment contra Moraes. Este é o 20º pedido que tramita na Casa. Até o momento, nenhum foi finalizado.

“Tivemos há dois anos, o pedido do jornalista Caio Coppolla, que rendeu cerca de 5 milhões de apoios sobre o pedido de impeachment de Moraes. Esse pedido, eu e outros senadores entregamos pessoalmente nas mãos do presidente Rodrigo Pacheco”, rememorou.

Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, o ex-presidente do TSE usou a ala de combate à desinformação da Justiça Eleitoral para 'turbinar' as investigações e o inquérito que corria na Suprema Corte, mesmo em temas que não fossem ligados ao pleito nacional de 2022.
Fonte: A Tarde

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