Vereadores de Maringá vetam verba pública em espetáculos que ‘desvalorizem mulheres’


Foto: Otávio Santos/SecomPMS

A Câmara Municipal de Maringá, no Paraná, aprovou neste mês um projeto de lei que proíbe uso de recursos públicos do município em qualquer tipo de projeto cultural que “desvalorize as mulheres”, incentive a violência ou as exponha a situações de constrangimento. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Segundo a proposta, a oposição diz que há censura implícita na proposta. O Conselho Municipal de Políticas Culturais deu parecer negativo ao PL e pede seu veto pelo Executivo.

O texto proíbe também o uso de verba municipal em projetos que incitem o “preconceito étnico, racial ou outras formas de discriminação”, faça apologia, incitamento do crime ou enalteça conduta criminosa e estimule o tráfico de entorpecentes ou o consumo de drogas ilícitas.

O PL foi aprovado com 11 votos favoráveis e nenhum contrário, o presidente da Câmara se absteve. São 15 cadeiras no plenário em Maringá.

A autora, Cris Lauer (Novo), que se define como da direita conservadora, diz que não é contra espetáculos que contenham nudez, mas que é contra que projetos culturais que contenham esse tipo de conteúdo sejam financiados com dinheiro privado e não público.

Para a vereadora Professora Ana Lúcia (PDT), que se retirou do plenário na hora de votação, a proposta é inócua, por não trazer inovação jurídica, e traz implicitamente a possibilidade de censura a projetos culturais.

Na Bahia, o então governador Jaques Wagner (PT) aprovou em 2012 uma legislação de teor semelhante, mas até hoje sem efeito prático. De autoria da à época deputada Luiza Maia (PT), a chamada “Lei antibaixaria” vedava a utilização de recursos públicos para contratação de bandas cujo repertório tenha músicas ofensivas às mulheres.

Fonte: Bahia. Ba

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