Eleitor diz que vendeu voto para candidato a prefeito por 1.500 telhas, 20 sacos de cimento e madeira: 'Ficaram me ameaçando'


Um eleitor da cidade de Nova Olinda do Maranhão revelou que vendeu seu voto para o então candidato a prefeito Ary Menezes (PP), que se reelegeu no último dia 6 de outubro. A cidade protagonizou a disputa pela prefeitura mais acirrada do país, com uma diferença de apenas dois votos para a candidata que ficou em segundo lugar.

Conforme reportagem exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (20), após a dispura pelo pleito, alguns eleitores revelaram que venderam seus votos para Ary Menezes e que passaram a receber ameaças e represálias.

Danilo Santos contou que foi procurado antes da votação e decidiu aceitar o pedido. "Ary Menezes, com Ronildo, Cleo Barros, foram na minha casa, entendeu? Pra gente fechar um compromisso”, revelou, citando Ronildo da Farmácia (MDB), o vice de Ary Menezes, e Clecia Barros (Republicanos), aliada do prefeito eleito.

Após ser questionado sobre o que queria em troca do voto, ele fez o pedido: "Falei que era 1.500 telhas, 20 sacos de cimento e a madeira da minha casa. Eles falaram para mim que se fosse só isso, já estava tudo comprado. Que no outro dia era para eu ir buscar lá no galpão", contou.

O rapaz, porém, contou que não recebeu tudo o que foi prometido e mudou de ideia. Dois dias depois ele recebeu uma surpresa: um caminhão da prefeitura foi até a casa dele e retirou as telhas. "Como não me deram o material todo, ficaram me ameaçando."

Em nota, o prefeito eleito Ary Menezes disse que “a compra e venda de votos compromete a democracia do pleito e deve ser apurada pela justiça eleitoral", e se colocou à disposição para esclarecimentos.

Já Ronildo da Farmácia, vice-prefeito eleito, negou as acusações. “Eu dou a garantia que da minha parte e da parte do Ary, 100% de certeza que não oferecemos dinheiro em troca de votos para ninguém. Fizemos uma campanha limpa, está entendendo?”

Já a defesa de Clélia Barros, também citada pelo eleitor, disse que a mulher "não tem conhecimento sobre a captação ilícita de votos apontada na reportagem”, e que “a cliente tem a vida pública pautada por honestidade, sempre respeitando os pilares da democracia”.
Fonte: BNews

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