Relatório da PF mostra mensagem entre militares e envio de montagem de Alexandre de Moraes com cabeça de pênis

Foto: Antonio Augusto/STF


A quebra de sigilo, pelo ministro Alexandre de Moraes, do relatório da Polícia Federal que em 884 páginas revela em detalhes o planejamento de um golpe de estado para impedir a posse do presidente Lula, mostra que o próprio ministro do STF era um dos principais alvos de xingamentos e mensagens de ódio, mas também de inúmeros memes.

A Polícia Federal anexou ao texto incontáveis prints de conversas entre os militares da ativa e da reserva que conversavam praticamente todos os dias nos meses de novembro e dezembro de 2022. Esses militares tramavam não apenas estratégias golpistas, mas também o assassinato de Moraes, além de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

Em uma das conversas apresentadas no relatório está um diálogo no WhatsApp entre o tenente-coronel Sergio Cavaliere e o também tenente-coronel Ronald Araújo. Nas mensagens, eles trocam um meme do ministro Alexandre de Moraes com sua imagem associada a uma cabeça de pênis. Depois de postar, Araújo disse: "Vamos ser presos por ele". Veja abaixo o print da conversa.

De acordo com a Polícia Federal, essa conversa teria acontecido no dia 26 de novembro de 2022, e na sequência, o tenente-coronel Ronald Araújo Júnior falava explicitamente sobre seu medo de ser investigado por Moraes. "O problema é o cabeça de p..... pegar essa p.... e meter no inquérito das fake news, né cara (sic). Aí a gente tá fu..... O inquérito do fim do mundo, essas p.... lá dos atos antidemocrático (sic). Sei lá quantos inquéritos ilegais esse filho da p... tem, né. Então esse é o perigo", afirmou a Cavaliere.

Ronald Araújo Júnior disse ainda que se a investigação fosse tocada por militares, não teria receio. "Será que a Justiça Militar, os generais, vão f.... a gente? Eu acho que não", disse ele em outro trecho da mensagem de áudio transcrita pela PF.

O relatório afirma que Araújo Júnior seria um dos militares responsáveis por conseguir assinatura de militares pró-golpe. "Apesar de atuar na propagação e obtenção de assinaturas, demonstra receio em ele próprio assinar o documento pelo fato de ser tenente-coronel e ainda expor seu comandante, amigo pessoal", afirma o relatório.

Fonte: Bahia Noticias




Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem